Movimentos de professores e estudantes debaterão a reestruturação estadual do ensino em audiência pública no dia 6 de novembro, às 9h, na Câmara Municipal de Sorocaba.
Nesta quarta-feira, dia 28, a secretaria estadual de educação confirmou que cinco escolas serão fechadas em Sorocaba: a Flávio Gagliardi, Jardim Saira; Mario Guilherme Notari, Jardim Luciana Maria; Dorival Dias de Carvalho, Vila Angélica; Elza Salvestro Bonilha, Jardim Itangua; e Salvador Ortega Fernandes, Jardim Santa Cecília.
Recentemente a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB) declarou à imprensa que Sorocaba não teria escolas fechadas com a reestruturação. A afirmação da deputada tucana, mesmo partido do governador, foi publicada na capa do Jornal Cruzeiro do Sul.
Para o diretor estadual da Apeoesp, Alexandre Tardelli, a medida do governador Geraldo Alckmin é autoritária, visto que não houve debate anterior com a comunidade escolar. “O governo quer fazer essa transferência compulsória de estudantes, causando transtorno a milhares de famílias no Estado. Ninguém foi ouvido antes, nem estudantes, nem pais, nem professores”, afirma.
A justificativa para a reestruturação é a de melhoria do ensino. Mas Tardelli contesta: “as escolas particulares têm desde o berçário até o ensino médio juntos. O motivo dessa reestruturação não é pedagógico; e sim de contenção de gastos, simplesmente. Muitas escolas vão fechar e, com isso, haverá demissões de professores”, denuncia.
A audiência pública está sendo organizada pelo vereador metalúrgico Izídio de Brito (PT).
A audiência tem o apoio da Apeoesp (regional e estadual) e de movimentos estudantis organizados. Foram convidados para participar o secretário estadual de educação, Herman Voorward; o secretário municipal de educação, Flaviano Agostinho; os deputados estaduais da região; a deputada Rita Passos, que é presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa; e o coordenador da CUT em Sorocaba, Alex Sandro Fogaça.