Sobre as denúncias de assédio moral, Rossy afirmou que não é uma situação de hoje e que o Sindicato tem discutido constantemente o tema
Para cobrar soluções referente às denúncias de assédio moral na ZF do Brasil Planta 2 (antiga Lemforder), foram realizadas assembleias com os trabalhadores da fábrica nesta terça-feira, dia 30, em todos os turnos. O objetivo da entidade é dar visibilidade ao tema, para que a denúncia chegue ao alto escalão da ZF e que a situação, que vem sendo debatida há algum tempo com negociadores da planta local, seja efetivamente resolvida.
Lideradas pelos membros do Comitê Sindical da empresa (CSE), Fabio Rossy e Anderson da Silva (Copinho), as assembleias trataram ainda de pautas de interesse dos metalúrgicos, como alterações da grade salarial, Campanha Salarial 2022, atualização sobre o atingimento das metas do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e melhorias nas condições de trabalho no setor de linha pesada.
Sobre as denúncias de assédio moral, Rossy afirmou que não é uma situação de hoje e que o Sindicato tem discutido constantemente o tema nas mesas de negociações, porém, nada se resolve. “Decidimos então vir para a porta da fábrica tensionar mesmo, para que essa situação acabe de uma vez por todas. Chega de monitores e gestores ficarem pressionando o trabalhador a fazer hora extra ou a mudar de turno, mesmo que ele não tenha essa condição. Essa escolha é do trabalhador e ele não pode sofrer nenhum tipo de assédio, nem represália”, criticou.
Na assembleia, Copinho falou sobre as negociações da Campanha Salarial; ZF do Brasil faz parte do grupo 3
Além disso, Fabio Rossy, que é coordenador do CSE da ZF Planta 2, explicou que a entidade tomou conhecimento sobre o interesse da empresa em implementar jornadas diferenciadas também no setor de linha pesada da fábrica, o que pode causar sérios riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores.
“A linha pesada é um setor que não possui condições ergonômicas para o trabalhador ter jornadas mais extensas, como no 2×2 ou 6×2. Por isso, antes de implementar esse tipo de jornada, vamos cobrar que a empresa ofereça melhores condições nessa linha, para que não haja riscos do trabalhador sair lesionado”, enfatizou.
Campanha Salarial 2022
Durante a assembleia, o dirigente Anderson (Copinho) também atualizou os trabalhadores sobre as negociações da Campanha Salarial de 2022 e criticou a proposta apresentada à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-SP/CUT) pelo Grupo 3 – no qual a ZF faz parte – de reajustar os salários somente com base na reposição da inflação, sem aumento real, e ainda parcelar esse índice.
“A FEM e o SMetal deixaram claro na mesa de negociação que não aceitam dividir o reajuste e que aqui não é casas Bahia ou lojas Cem para parcelar. O trabalhador já perdeu o poder de compra ao longo de 12 meses com a inflação e, se houver qualquer tipo de parcelamento, vai perder muito mais. Por isso, viemos pedir a unidade da categoria, para que possamos lutar juntos por uma Campanha Salarial vitoriosa, com um reajuste salarial digno e sem qualquer tipo de parcelamento”, enfatizou Copinho.
Faltando o índice de agosto para fechar a data-base da categoria – que será divulgado no dia 9 de setembro – a perda dos metalúrgicos com a inflação está acumulada em 9,16%. Acompanhe todas as novidades da Campanha Salarial em www.smetal.org.br/campanhasalarial2022
