Depois de oito sessões consecutivas, o Projeto de Lei 7180/14, conhecido como Escola sem Partido ou Lei da Mordaça, não será votado neste ano. Nesta terça-feira (11), o presidente da comissão especial que analisa a matéria na Câmara dos Deputados, Marcos Rogério (DEM-RO), encerrou a discussão e afirmou que não convocará mais reuniões em 2018 e, com isso, a proposta será arquivada.
A razão nesta terça foi a falta de quórum para votação do relatório do substitutivo do deputado Flavinho (PSC-SP) – o número máximo de parlamentares presentes foi de 12, quando deveria chegar a 16 para permitir o início da votação. Mas os deputados a favor do PL já haviam tentado votar o relatório em outras sete reuniões sem conseguir. Além das discussões entre os parlamentares pró e contra, educadores fizeram vários protestos e as bancadas de esquerda usavam o regimento interno para interromper as reuniões e impedir a votação.
Vitória da oposição
Marcos Rogério admitiu que o arquivamento será uma “vitória da oposição”, mas acrescentou, em tom de ironia que a situação é resultado das “muitas tarefas” que os deputados favoráveis ao projeto possuem.
“Se esse projeto não será votado nessa legislatura é por consequência da falta de compromisso dos deputados que são favoráveis à matéria, porque a oposição chega aqui cedo, senta e fica sentada, ouvindo, debatendo e dialogando”, reclamou o deputado.
“Quem está sepultando o projeto nessa legislatura não é a oposição”, finalizou.