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Não nos engana!

Vitor Lippi tenta, mas não engana o trabalhador

A tentativa de persuasão de Vitor Lippi (PSDB) não funciona porque o trabalhador sabe se informar. A reforma trabalhista é reprovada até pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Tira a máscara, deputado!

Imprensa SMetal
Vitor Lippi tenta se justificar em panfleto e em boletim eletrônico

Vitor Lippi tenta se justificar em panfleto e em boletim eletrônico

Recebemos nesta terça-feira, 16, um e-mail do deputado federal Vitor Lippi (PSDB), que votou a favor da terceirização irrestrita e a favor das reformas da previdência e trabalhista, em votações realizadas na Câmara de Deputados, em Brasília.

O assunto do e-mail é “Conheça os benefícios da Modernização Trabalhista”.

É repugnante ler o conteúdo, pois nele Vitor Lippi (PSDB), despudoradamente, utiliza até um carimbo de “Nenhum Direito a Menos” plagiando a frase utilizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, desde 2015 nas campanhas salariais da categoria.

Vitor Lippi (PSDB) é a favor de uma reforma que retira direitos e é inconstitucional. A afirmação é do próprio Ministério Público do Trabalho (MPT), que critica duramente o texto da reforma. (Leia no jornal Valor, da data de hoje 16/5/2017, pág E1).

Na defesa irrestrita da reforma trabalhista, Lippi afirma que quer “proteger e garantir todos os direitos do trabalhador”. Em reportagem da revista Exame (do Grupo Abril), publicada em 12 de abril de 2017 (veja o link abaixo do texto) afirma-se que o projeto de lei 6787/2016 (reforma trabalhista) “prevê revogação de 18 pontos da CLT entre uma centena de modificações em temas como férias, teletrabalho e a prevalência jurídica de acordos coletivos entre empresas e sindicatos”.

Só no quesito “prevalência jurídica de acordos coletivos entre empresas e sindicatos” já se pode prever grande perda de direitos em relação a salário, reajustes, férias, abono, Participação nos Lucros, entre outros. Caso a empresa se recuse a negociar as reivindicações dos funcionários com o sindicato em um acordo coletivo digno, o trabalhador estará sujeito à vontade do empregador. Se ele quiser pagar o mínimo, se ele não quiser pagar o PPR, se ele alegar que não pode dar convênios, vale compra etc… Seria isso proteção ao trabalhador, Vitor Lippi (PSDB)?

O que significa o TRABALHO INTERMITENTE? Significa que se pode trabalhar apenas algumas horas ou por alguns dias para o empregador, sem remuneração no período inativo. Hoje, qualquer trabalhador freelancer ou pessoa jurídica pode atuar dessa forma, se quiser. Mas, se a reforma for aprovada, o trabalhador que for contratado nessa modalidade intermitente fica amarrado à empresa, ou seja, terá que ficar à disposição do empregador.

Se a empresa precisar de você por 4 horas você vai lá e trabalha as 4h, depois precisa de você para mais 2 horas e depois, não te liga mais. Pronto, acabou sua relação com a empresa, sem indenizações, sem direito algum a mais. E vire-se para arrumar outro trabalho e pagar as contas, pois não haverá vínculo de trabalho contínuo com recebimento de salário mensal fixo.

FATIAMENTO DAS FÉRIAS: Atualmente o trabalhador pode dividir as férias em dois períodos desde que nenhum deles seja inferior a dez dias. Sabe quando você tira 20 dias de descanso merecido e já tem que voltar a trabalhar? A sensação é a de que quando você começou a relaxar já tem que voltar ao trabalho, não é mesmo? Imagine, se a reforma for aprovada. Se a reforma trabalhista passar, as férias poderão ser divididas em até três períodos, mas nenhum deles poderá ser menor que cinco dias corridos ou maior que 14 dias corridos.


Mulheres GRÁVIDAS e a INSALUBRIDADE: No panfleto Lippi (PSDB) diz que não é verdade que mulher grávida ficará mais suscetível em local de risco. Reportagem publicada no jornal Gazeta do Povo comenta o texto aprovado na Câmara dos Deputados, com o voto de Vitor Lippi (PSDB), que “somente as grávidas expostas a um grau máximo de insalubridade serão afastadas de imediato, deixando as profissionais que trabalham em graus mínimo e médio na dependência de um atestado médico para poderem ter esse direito”. Leia mais no link abaixo.

Outro do ponto sério da reforma é acabar com a homologação da rescisão no sindicato mesmo para trabalhadores com mais de um ano. Vitor Lippi (PSDB) aborda no panfleto e no boletim eletrônico em responsabilidade dos trabalhadores nas ações judiciais, deixando de dizer que mais de 60% são provocadas por não pagamento de direitos básicos como rescisão e FGTS, conforme dados do CNJ. Assim, sem sindicato na homologação e colocando medo nos trabalhadores que são muitas vezes obrigados a propor ações para buscar seus direitos pretende calar a boca dos trabalhadores.

Lippi não engana ninguém sabemos de que lado ele está

Atualmente, sob o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) o Brasil vive uma grave recessão, com famílias freando o consumo, num cenário de 13 milhões de desempregados, maior índice desde 2012 (dados do IBGE).

Índice que, segundo especialistas, tende a crescer visto que não há ainda planejamento econômico para diminuir os riscos de uma DEPRESSÃO ECONÔMICA.

O que o governo com sua base aliada, que inclui o deputado federal Vitor Lippi (PSDB), estão fazendo é aumentar o abismo social entre os que podem consumir muito (elite) e a massa de miseráveis (trabalhadores que dependem do emprego para o sustento da família).

Com o fim da aposentadoria imagine o Brasil daqui a poucos anos, com idosos sem remuneração digna e sem poder voltar ao mercado de trabalho – que dificilmente recruta alguém com mais de 50 anos, quem dirá depois dos 60. Como esses senhores e senhoras vão sustentar suas famílias?

Vitor Lippi (PSDB) sabe bem que os senhores a quem ele representa, os GRANDES empresários estarão lucrando ainda mais no cenário futuro. Haverá então, empresas promovendo Previdência Privada ao invés da Previdência Pública, o que assegurará os rendimentos dos que poderão investir x valor todo mês.

Para o restante da população, mais de 90%, além de não sobrar dinheiro para uma poupança ainda há a luta diária pela sobrevivência numa SOCIEDADE AINDA MAIS DESIGUAL, provocada por políticos cujos interesses nem sequer esbarram na justiça social.

Pelo contrário, o conteúdo do e-mail, disparado pela equipe de comunicação, de Vitor Lippi (PSDB), defende claramente a retirada de direitos trabalhistas conquistados arduamente por todo um movimento da sociedade organizada desde a época de Getúlio Vargas, nas décadas de 30 e 40.

Lippi MENTE descaradamente! Mas não nos engana! Conheça o texto da reforma, procure artigos, leia e mande um e-mail para o deputado federal [email protected]. Pergunte quais são os interesses que o motivam a defender o fim dos direitos trabalhista e previdenciário? Por que ele não luta para taxar grandes fortunas?

Vitor Lippi (PSDB) que tal fazer campanha para aprovarem a tributação sobre grandes fortunas? Renderia R$ 100 bilhões por ano!

Único dos sete tributos federais previstos nas Constituição sem regulamentação até hoje, é o imposto sobre grandes fortunas. De acordo com o projeto de lei do Senado 534/2011, a partir de R$ 2,5milhões seria cobrado imposto com alíquota de 0,5%. Outras quatro faixas patrimoniais para incidência do imposto foram definidas: mais de R$ 5 milhões até R$ 10 milhões — alíquota de 1%; mais de 10 milhões até R$ 20 milhões — alíquota de 1,5%; mais de R$ 20 milhões até R$ 40 milhões — alíquota de 2%; e mais de R$ 40 milhões — alíquota de 2,5%.

LEIA MAIS

Grávidas trabalhariam em locais com radiação, frio e barulho

1. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/04/21/reforma-trabalhista-deixa-gravidas-trabalharem-sob-radiacao-frio-e-barulho.htm

2. http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/reforma-trabalhista-joga-responsabilidade-sobre-afastamento-por-insalubridade-para-gravidas-cfnhqfx8ay9oqjlufnb70v1xg

Acompanhe o posicionamento de Vitor Lippi (PSDB) frente às reformas

www.smetal.org.br (busque por Vitor Lippi, reforma trabalhista e reforma da previdência)

Precarização do trabalho

http://exame.abril.com.br/economia/ferias-transporte-e-home-office-o-que-pode-mudar-na-clt/

Homologação

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,reforma-rabalhista-acaba-com-homologacao-na-rescisao-tema-de-30-dos-processos-na-justica,70001777702

MPT critica texto da reforma

http://www.smetal.org.br/imprensa/mpt-critica-reforma-e-promete-atuar-fortemente/20170516-121802-I855

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