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Economia

Unctad defende valorização de salários para sustentar crescimento

A Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) defende a valorização de salários como uma forma de estimular o mercado interno nos países emergentes e dar sustentabilidade à economia

FEM/CUT
Foguinho/Imprensa SMetal

A Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) defende a valorização de salários como uma forma de estimular o mercado interno nos países

A Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) defende a valorização de salários como uma forma de estimular o mercado interno nos países emergentes e dar sustentabilidade ao seu crescimento econômico.

Em um relatório recente, a agência alertou que o modelo de economia baseado em exportação não é suficiente para garantir o crescimento em longo prazo dos países emergentes e que estes terão que reconsiderar as estratégias de desenvolvimento que têm sido
excessivamente dependentes das exportações.

A Unctad diz que depois do período de alta no preço das commodities agrícolas e minerais, as economias em desenvolvimento sofrem agora com a desaceleração dos países mais ricos, os principais compradores desses produtos.

Segundo o relatório, os “formuladores de políticas dos países em desenvolvimento precisam dar maior preso à demanda doméstica” para compensar as perdas com a queda nas exportações e a queda no preço das commodities.

Comércio Sul-Sul

O relatório diz, ainda, que no longo prazo “se muitas economias em desenvolvimento e em transição simultaneamente concederem à demanda interna um papel maior em suas estratégias de crescimento, suas economias podem se tornar mercados uns para os outros, estimulando o comércio Sul-Sul”, diz o documento.

Neste sentido, a Unctad vê a criação de empregos combinada a aumentos de salário como uma forma de “criar uma demanda doméstica suficiente para tirar vantagem de todos os aspectos das crescentes capacidades produtivas, sem ter que depender da continuidade do crescimento das exportações”.

O modelo proposto pela Unctad tem baseado parte da política econômica brasileira, hoje alvo de críticas em virtude da desaceleração do crescimento. A organização também defende políticas que vão na contramão do que se aplica em boa parte da Europa em crise, ao pregar aumento dos gastos públicos. “O setor público pode impulsionar ainda mais a demanda interna através do aumento do emprego público e do investimento em empresas”, diz.

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