Em Sorocaba, assim como em todo o país, trabalhadores protestam contra o ataque aos direitos sociais e trabalhistas, que vem sendo promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), nesta sexta-feira, dia 30.
Os motoristas de ônibus fizeram greve e, de acordo com o secretário de organização do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Izídio de Brito, nas primeiras horas da manhã, 60% dos metalúrgicos da base não foram trabalhar.
A montadora Toyota, assim como as empresas sistemistas, ficaram com os estacionamentos vazios.
Já em algumas empresas na zona industrial, houve pressão das chefias para que o trabalhador utilizasse Uber, carona e o próprio carro para não faltarem ao serviço.
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos afirma que vai apurar denúncias de assédio moral contra os trabalhadores que aderiram ou pretendiam aderir ao movimento. “É dever de todo cidadão protestar contra o crime que vem ocorrendo no país, de retirada de direitos consagrados do povo”, ressalta o secretário de finanças do Sindicato, Tiago Almeida do Nascimento.
Porém, ainda de acordo com Tiago, a indústria da informação burguesa vai usar toda a sua força para desqualificar o movimento grevista. “O importante é todos nós termos discernimento e saber de que lado estamos. Nós, do SMetal lutamos pela classe trabalhadora e não admitimos esse retrocesso de 100 anos que o presidente golpista Temer quer empurrar para o país”, afirma.
Protestos no centro e na zona norte
Pela manhã, a rodoviária de Sorocaba ficou vazia, com os guichês fechados e sem nenhum ônibus estacionado.
Por volta das 9h, militantes de movimentos sociais, estudantis e sindicais se reuniram na praça coronel Fernando Prestes e, em seguida saíram em passeata pelas ruas do Centro. O comércio e agências bancárias também aderiram à greve.
Integrantes do Levante Popular da Juventude de Sorocaba e outros movimentos sociais e estudantis concentraram-se na avenida Itavuvu, próximo do Sukão. Eles fizeram batucadas e alertaram a população sobre os riscos do retrocesso se as reformas trabalhista e da previdência forem aprovadas.
Os manifestantes da Zona Norte agora estão em passeata para se juntar à concentração do centro da cidade.