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Trabalhadores protestam em defesa dos direitos e rumo à greve geral

Sindicatos de Sorocaba e região realizaram uma mobilização nesta quinta, dia 22, contra os ataques aos direitos trabalhistas e sociais. O ato foi realizado no Parque das Águas, em Sorocaba

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

O ato do Dia Nacional de Paralizações e Manifestações em Sorocaba, teve início às 5h, no Parque das Águas, em Sorocaba, e seguiu até as 9h

Sindicatos de Sorocaba e região filiados às centrais sindicais CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central e CTB, realizaram uma mobilização nesta quinta-feira, dia 22, contra os ataques aos direitos trabalhistas e sociais. O ato, que reuniu cerca de seis mil trabalhadores no Parque das Águas, em Sorocaba, teve início às 5h e encerrou às 9h.

Além de críticas a propostas do governo de Michel Temer (PMDB), foi conduzida uma votação simbólica aprovando a realização de greve geral caso o governo não recue sobre a retirada de direitos trabalhistas. Depois da manifestação, os trabalhadores foram para as fábricas.

“A luta é feita da unidade da classe trabalhadora. Se não tivermos o entendimento dos riscos que estamos correndo ultimamente, pode ter certeza que os empresários e esse governo golpista não irão pensar duas vezes para retirar os nossos direitos e benefícios”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares.

O presidente do Sindicato dos Químicos de Sorocaba e Região, Carlos Alberto dos Santos, da Força Sindical, afirmou que Michel Temer governa para uma minoria e não para os trabalhadores, que são maioria no país. “Esse momento é de alerta, é só início de muitos atos que terão por conta do golpe que querem dar nos direitos dos trabalhadores. O retrocesso já começou, o Brasil parece que engatou marcha ré, mas temos que nos unir para que não continue assim”, destacou.

Durante o ato, os representantes do movimento sindical distribuíram um panfleto contendo algumas das medidas anunciadas pelo governo Temer que afetam o mundo do trabalho. Entre elas estão: o PLC 30/2015, que propõe a terceirização irrestrita, que precariza a vida do trabalhador; a Reforma da Previdência, que estabelece a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres; a PEC 241/2016, que congela os investimentos públicos por 20 anos, causando danos à saúde, educação, transporte; entre outras.

Para Ademilson Terto da Silva, presidente do SMetal e coordenador da Subsede Sorocaba da CUT, a necessidade de fazer o enfrentamento diante às ameaças aos direitos da classe trabalhadora é muito grande. “Os trabalhadores de todas as categorias têm que entender que se não lutarmos vamos retroceder 50 anos. Não podemos aceitar uma Reforma Trabalhista, por exemplo, que retira direitos historicamente conquistados”, afirmou.

Mobilizações estão acontecendo em todo o Brasil e fazem parte do “Dia Nacional de Paralisação das Categorias”. Em Sorocaba, a paralisação foi organizada por representantes de trabalhadores das seguintes categorias: Metalúrgicos (Sorocaba, Itu e Salto); Rodoviários; Vestuário; Têxteis; Papeleiros; Refeições Coletivas; Psicólogos; Afuse; Enfermeiros; Servidores Públicos de Angatuba, de Guareí, de Pilar do Sul e de Porto Feliz; Comerciários; Bancários; Borracha; Vigilantes; Químicos; Servidores de Araçoiaba da Serra; Servidores de Sorocaba; Sinpro e SinSaúde.

Ato na Paulista

Ainda nesta quinta-feira, dia 22, a partir das 16h, as centrais sindicais e movimentos sociais realizam ato em defesa dos direitos sociais e trabalhistas na Avenida Paulista, em São Paulo. A concentração será no Masp. Trabalhadores de Sorocaba e região participam da manifestação.

Trabalhadores protestam em defesa dos direitos e rumo à greve geral

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