*Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté
Na manhã desta segunda-feira, 29, os metalúrgicos da Electrolux paralisaram a produção por 30 minutos na entrada do primeiro turno como forma de protesto, devido à demissão arbitrária de 12 trabalhadores na última semana.
A Direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté repudia as demissões que ocorreram sem diálogo com a entidade, e busca negociar a reintegração dos trabalhadores junto à empresa, que vem praticando horas extras.
“Considero isso um desrespeito aos trabalhadores, e por isso o Sindicato organizou este protesto em forma de alerta. Com a paralisação, os trabalhadores na Electrolux mostraram que estão unidos. A Direção do Sindicato pode realizar assembleias de protestos nos próximos turnos caso a empresa não chame para negociar, por isso a disposição de luta é importante”, destaca Vanderlei Strano, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté.
União e mobilização
Para fortalecer a luta, em solidariedade aos trabalhadores na Electrolux estiveram presentes na assembleia os metalúrgicos da base Tecumseh, Volkswagen, representantes do CSA (Comitê Sindical dos Aposentados), representantes da FEM-CUT/SP, os metalúrgicos do ABC, os metalúrgicos de Sorocaba e os metalúrgicos de Matão.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Marcelo José da Silva (Marcelinho), participou da paralisação e destacou a importância da união entre os sindicatos e os trabalhadores, para reverter essas demissões.
“Viemos fazer parte desse ato para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras, uma vez que somente pela organização e mobilização poderemos sair vencedores dessa luta. Hoje foram 12 trabalhadores, mas sem união, corremos o risco de que isso se repita. São pais e mães de família que correm o risco e sabemos que essa organização é fundamental para darmos uma resposta a altura para a empresa”, afirma Marcelinho.
A vice-presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté e Diretora da Mulher da FEM-CUT/SP, Ceres Lucena, completa que o mais importante neste momento, é manter o foco na luta.
“Estamos aqui com esse protesto e acatando a vontade das trabalhadoras e dos trabalhadores, pois defendemos que existem alternativas para preservar os empregos“, ressaltou Ceres.