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Trabalhadores do grupo Schaeffler revogam acordo de PPR e abono

Para Sindicato, empresa agiu de má-fé ao não informar os trabalhadores que pagamento do abono implicaria em descontos de Imposto de Renda e INSS. Sem proposta, trabalhadores podem parar na sexta-feira

Imprensa SMetal
Lucas Delgado/Imprensa SMetal
Trabalhadores podem entrar em greve a partir de sexta-feira, caso empresa não apresente propostas à pauta específica

Trabalhadores podem entrar em greve a partir de sexta-feira, caso empresa não apresente propostas à pauta específica

Aproximadamente 1.300 metalúrgicos do primeiro turno do grupo Schaeffler, fabricante de autopeças em Sorocaba, participaram na manhã desta segunda-feira, dia 7, de um protesto que decidiu pela revogação um acordo assinado em abril deste ano, que previa o pagamento de abono e de Programa de Participação nos Resultados (PPR) para este e os próximos dois anos. Os trabalhadores também aprovaram aviso de greve, que pode começar na sexta-feira, dia 11, caso a empresa não apresente propostas a uma pauta de cinco itens protocolada no último dia 5.

A revogação do acordo de três anos, que incluía abono e PPR, foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores que, no dia 9 de setembro, data do depósito do abono, foram surpreendidos com o desconto significativo de Imposto de Renda (IR) e INSS. É que somados o valor do salário com o pagamento do abono, a dedução do IR e INSS na fonte resultou na perda da quantia equivalente em cerca de 20% do benefício.

“Esse desconto não condiz com o que foi negociado entre Sindicato e empresa, nem com o que foi transmitido para os trabalhadores na assembleia e no comunicado interno da própria fábrica [Schaeffler Informa]”, afirma Sidnei Morales Hernandes, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

“Queremos que a empresa assuma o erro e reveja essa distorção, já que esse desconto é indevido e de má-fé”, acrescenta o sindicalista.

Pauta entregue
Além de cobrar da empresa uma posição sobre os descontos indevidos sobre o pagamento do abono, a pauta protocolada pelo Comitê Sindical de Empresa (CSE) no grupo Schaeffler reivindica outros quatro itens: transformação da cesta básica para vale-compra, melhorias do plano de saúde, redução da jornada de trabalho (de 42 horas semais atuais para 40 horas semanais) e pede informações sobre rumores de demissão em massa na planta de Sorocaba.

O protesto liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos foi realizado em frente à fábrica e durou cerca de uma hora, das 5h20 às 6h20. As três fábricas do grupo em Sorocaba (Ina, Luk e Fag) empregam aproximadamente 4.500 metalúrgicos. À tarde, nova assembleia deverá ser realizada com trabalhadores do segundo turno.

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