Trabalhadores e trabalhadoras de todos os turnos puderam votar a proposta
Na sexta-feira, 18, os trabalhadores e trabalhadoras da Toyota aprovaram, em assembleia realizada nos três turnos na porta da fábrica, uma proposta negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) que altera o banco de dias vigente.
No início de março, o calendário contava com nove dias para compensação – todos acordados entre trabalhadores e fábrica. No entanto, após a paralisação ocorrida no início de março na planta de Sorocaba, a Toyota precisará utilizar mais três dias para repor a produção que ficou estagnada.
Dessa forma, para não comprometer todos os sábados necessários para a reposição, a alteração no banquinho prevê descontar dos metalúrgicos um dia de trabalho nos meses de maio, julho e agosto. Vale ressaltar que esses meses têm 31 dias, portanto, o salário recebido é relativamente maior do que nos meses convencionais.
Em fevereiro, o Sindicato negociou um banco de dias emergencial como medida para que, em caso de paralisação por falta de peças e componentes, os metalúrgicos tenham seu emprego e renda preservados. No acordo foi garantido um bônus financeiro no valor de R$300,00, válido para até três dias compensados. O valor dos seis parados entre fevereiro e março, que serão compensados, já foram pagos aos trabalhadores.
“Essa é mais uma negociação que prioriza o bem estar dos companheiros e companheiras. A falta de insumos é um fenômeno que vem sendo registrado desde o ano passado, mas que foge ao alcance desses trabalhadores. O acordo protege o emprego, ao mesmo tempo que permite mais tempo de descanso aos finais de semana”, comenta Silvio Ferreira, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos.
O calendário de dias-pontes de 2022 permanece sem alteração, mantendo as quatro datas acordadas anteriormente: 14 de maio, 11 de junho, 16 de julho e 06 de agosto.
CSE
Durante a assembleia, o Comitê Sindical de Empresa (CSE) também atualizou os trabalhadores sobre algumas demandas como a questão da limpeza dos banheiros, em especial o feminino, e se colocou à disposição para ouvir as demandas das mulheres da fábrica.
O presidente do SMetal, Leandro Soares, esteve presente na assembleia e destacou o trabalho do Sindicato em prol da categoria. “Hoje saíram os dados que mostram que o emprego informal cresceu 20% em um ano, isso significa condições precária de trabalho, nenhum direito e uma renda muito menor. Por isso, mantemos firme o compromisso de lutar pelos metalúrgicos, com o objetivo de preservar os postos de trabalho, a renda e para manter os direitos”.
