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Trabalhadores da Satúrnia pedem apoio de vereadores

Fabricante de baterias instalada em Sorocaba atrasa salários e acumula dívidas no mercado; empresa não se manifesta sobre futuro dos 170 empregos

Imprensa SMetal
Foguinho/SMetal
Alex Fogaça, diretor do Sindicato e funcionário da Satúrnia, usa tribuna da Câmara para explicar preocupações dos trabalhadores

Alex Fogaça, diretor do Sindicato e funcionário da Satúrnia, usa tribuna da Câmara para explicar preocupações dos trabalhadores

Dezenas de funcionários da Satúrnia, fabricante de baterias industriais instalada em Sorocaba, participaram hoje de manhã (09/08) da sessão na Câmara Municipal para pedir apoio aos vereadores na defesa dos 170 empregos gerados pela fábrica. A Satúrnia tem atrasado salários dos trabalhadores e já cortou diversos benefícios dos funcionários por falta de recursos financeiros. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa acumula dívidas no mercado e já falta dinheiro em caixa inclusive para comprar matéria-prima.

O presidente da Câmara, vereador Marinho Marte, permitiu que Alex Sandro Fogaça, dirigente sindical e funcionário da Satúrnia usasse o microfone da tribuna para expor as preocupações dos trabalhadores. O sindicalista afirmou que o problema da Satúrnia não é de mercado, mas de má gestão. Ele disse que a carteira de clientes da empresa é milionária e há contratos até com a Marinha Brasileira, que encomendou uma bateria para submarinos que demora de quatro a seis meses para ser fabricada.

“O problema é que o produto encomendado pela Marinha não começou a ser fabricado por falta de matéria-prima, embora a Satúrnia tenha recebido R$ 1,7 milhão de adiantamento do governo para essa finalidade. Em breve um inspetor da Marinha deve visitar a fábrica. Vai constatar que nenhum componente foi fabricado. A situação da empresa pode piorar. E os acionistas e diretores estão omissos”, afirma o sindicalista.

Cobrança por informações
Alex pediu apoio dos vereadores para cobrar da empresa informações sobre o futuro da fábrica e dos empregos. “É uma falta de respeito, uma indignidade essa falta de transparência dos acionistas e diretores da Satúrnia para com os funcionários e a cidade”.

O sindicalista também informou aos vereadores que já se reuniu com o secretário municipal de Desenvolvimento, Mário Tanigawa, para tratar da crise na Satúrnia. “O secretário se comprometeu a convidar os empresários para expor os planos da Satúrnia na cidade, mas até hoje (9), não tivemos retorno se houve ou não tal reunião”, afirmou Alex à imprensa Smetal.

O vereador Izídio de Brito (PT), que também é sindicalista metalúrgico, usou o microfone do plenário para complementar as informações. Ele disse que a Satúrnia vive uma situação oposta às empresas do segmento metalúrgico na região de Sorocaba e no país, “que anunciam investimentos, ampliações e contratações”.

Acionistas da Satúrnia
O vereador também afirmou que os acionistas da Satúrnia devem esclarecimentos aos trabalhadores e à sociedade. “A sede do grupo controlador da Satúrnia (ALTM) fica no Rio de Janeiro e já sabemos que o principal acionista [Edésio Quintal de Oliveira] é ex-diretor da empresa de Energia Light [concessionária no RJ] e o irmão dele [Josias Quintal] é ex-secretário de Segurança do Rio”.

“Estamos levantando mais informações e procurando contato com essas pessoas para obtermos respostas sobre nossas dúvidas em relação à Satúrnia”, afirmou Izídio, que também orientou os funcionários a continuarem mobilizados para defender seus direitos e os postos de trabalho na cidade.

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