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Trabalhadores da Satúrnia participam de ato na portaria da Eaton, em Valinhos

Para o Sindicato, a Eaton sucateou a Satúrnia, em Sorocaba, e depois a vendeu para grupo ATML com claras evidências de que fábrica deveria ser fechada

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
O dirigente sindical Alex Fogaça explica aos trabalhadores de Valinhos o caos que a Eaton instalou na Satúrnia quando ela era dona da fábrica

O dirigente sindical Alex Fogaça explica aos trabalhadores de Valinhos o caos que a Eaton instalou na Satúrnia quando ela era dona da fábrica

Um grupo de 50 trabalhadores da Satúrnia, fabricante de bateriais instalada em Sorocaba, participou, na manhã e começo da tarde desta quinta-feira (20), de protestos na portaria da Eaton, indústria metalúrgica instalada em Valinhos, região de Campinas.

Eles foram à portaria da fábrica cobrar responsabilidade da empresa sobre o estado de penúria pelo qual passa a Satúrnia, pois entre 2004 e 2006 a fábrica local pertenceu ao grupo Eaton.

Há indícios de que a Eaton teria comprado a Satúrnia, empresa com mais de 80 anos no mercado, com a única finalidade de quebrar e fechar a fábrica. Na época a Satúrnia mantinha uma linha de montagem de nobreak, produto que a Eaton também fabricava.

Dois anos depois de comprar a empresa, desativar a linha de montagem de nobreak, demitir boa parte dos funcionários, acumular dívidas tributárias de mais R$ 50 milhões e sucatear a fábrica, a Eaton vendeu o que restou da Satúrnia ao grupo ATML, do Rio de Janeiro.

Em dificuldades no ramo de prestação de serviço que atua e também sem nenhuma vontade e vocação para tocar a fábrica da bateria, a Saturnia está sem produção há quase um ano.

Atualmente os 170 funcionários estão sem convênio médico, sem cesta básica e o pagamento é feito em parcelas – sempre atrasadas – e o INSS e o FGTS também não estão sendo e depositados.

“A impressão que se tem é que a Eaton vendeu a Satúrnia ao grupo ATLM com a única finalidade do novo comprador fechar a fábrica. Dá-se a impressão que houve esse acordo. Por isso entendemos que a Eaton tem, sim, responsabilidades com os trabalhadores”, diz o dirigente sindical e funcionários da Satúrnia Alex Sandro Fogaça.

Solidariedade

O ato na porta da fábrica na manhã desta sexta-feira foi organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, que atendeu a um pedido de solidariedade do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e dos trabalhadores da Satúrnia.

A manifestação foi realizada na manhã, entrada do primeiro turno, é no começo da tarde, entrada do segundo turno.

Além do caso Satúrnia, o sindicato local também tratou de outros assuntos de interesses exclusivamente dos funcionários da Eaton, com demissão desmotivada e valorização da categoria.

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