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Trabalhadores da Santa Casa sofrem com descaso do município

Sindicato da Saúde promove manifestação no próximo dia 16, às 16h, na frente da Santa Casa

Imprensa SMetal
Foguinho/Arquivo SMetal

Funcionários da Santa Casa reivindicam melhores condições de trabalho e fazem denúncias sobre a falta de estrutura do hospital para atender pacientes

Trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia denunciam falta de funcionários, de medicamentos e reivindicam melhores condições de trabalho.

Por sua vez, o secretário de governo e da Segurança Comunitária da Prefeitura de Sorocaba, João Leandro, prometeu punição aos funcionários que realizaram protesto ontem, 9, no começo da tarde no hospital, com o apoio do Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região.

O presidente da entidade, Milton Sanches, explica que uma reunião com João Leandro estava agendada há dois meses para a data de ontem, mas duas horas antes o secretário ligou para Sanches e cancelou o encontro. “Apoiamos a decisão dos trabalhadores de se manifestarem contra na atitude do secretário que não quis conversar”, afirma Sanches.

Em entrevista à rádio Cruzeiro FM na manhã desta quinta-feira, dia 10, João Leandro fez acusações ao Sindicato da Saúde e negou que a reunião teria que ser aberta a todos os trabalhadores. Além disso, prometeu punir os funcionários que se manifestaram e de descontar as horas.

O presidente do Sindicato destaca que os trabalhadores que deram plantão à noite aguardavam pela reunião e foram surpreendidos pela desistência do secretário em cima da hora. Sanches também informa que a prefeitura tem que pagar um dia de salário por dia de atraso como preconiza o acordo coletivo, pois “o salário que deveria ter caído no quinto dia útil só saiu na terça-feira (ao invés de segunda)”.

No dia a dia os funcionários da saúde enfrentam diversos problemas para atender os pacientes, pois além de trabalhadores faltam materiais básicos. Entre as denúncias consta falta de ar-condicionado em centro cirúrgico e goteiras no teto do setor neo natal

Em debate

O Sindicato da Saúde promove assembleia, no dia 16 de setembro, às 16h, com os trabalhadores da Santa Casa para abordar essa situação enfrentada por eles e para se pensar propostas de mobilização.

Durante a sessão ordinária realizada hoje, na Câmara Municipal, o vereador Izídio de Brito Correia (PT) fez um balanço da visita que a Comissão de Saúde da Câmara fez à Secretaria Estadual de Saúde, na sexta-feira, 4, para cobrar uma posição do Governo do Estado sobre o atendimento de alta complexidade em Sorocaba, que corre o risco de ser paralisado por falta de recursos, notadamente na área de oncologia, como o serviço de radioterapia. Izídio de Brito e Pastor Apolo (PSB), que integram a comissão, estiveram acompanhados dos deputados estaduais Maria Lúcia Amary (PSDB) e Carlos Cezar (PSB) e foram recebidos pelo secretário-adjunto de Saúde, Wilson Pollara, e não pelo secretário de Saúde, David Uip.

“É um absoluto descaso com Sorocaba, que virou sede de sua Região Metropolitana. Saímos com a impressão de que ninguém do governo estadual vai se responsabilizar pelo serviço de radioterapia em Sorocaba”, afirmou Izídio de Brito, que responsabilizou diretamente o Governo do Estado pela situação. O vereador Fernando Dini (PMDB) – que integra a comissão e foi quem fez o alerta sobre o problema – também registrou sua indignação com a atitude do Governo do Estado e defendeu que é preciso continuar unindo forças para buscar uma solução para a saúde no município.

Ex-provedor e mais três funcionários são indiciados

O inquérito que apura as irregularidades da Santa Casa indiciou quatro pessoas, no dia 3 deste mês, José Antônio Fasiaben, ex-provedor da Santa Casa, Selma Durão, gerente do convênio, Mirieli Adelia Oliveira, auxiliar de gerência do convênio e Ligia Maria Cesari Rizzo, encarregada do ambulatório de oncologia.

Esse primeiro inquérito concluído está relacionado ao desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento de conveniados de planos privados Santa Saúde. A Santa Casa obtia irregularmente verba extra, apresentando atendimentos feitos no setor de oncologia a pacientes do convênio médico privado como se fossem pelo SUS.

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