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Mobilização

Trabalhadores da indústria protestam contra a terceirização em Sorocaba

Cinco mil trabalhadores das indústrias e do setor de transporte público de Sorocaba participaram, na manhã desta quarta-feira, dia 15, de uma mobilização contra o Projeto de Lei 4330

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Ademilson Terto, afirmou que hoje foi somente o começo dos protestos contra PL 4330

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Ademilson Terto, afirmou que hoje foi somente o começo dos protestos contra PL 4330

Cinco mil trabalhadores das indústrias e do setor de transporte público de Sorocaba participaram, na manhã desta quarta-feira, dia 15, de uma mobilização contra o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização em todos os setores das empresas. O PL está tramitando no Congresso Nacional e os quatro deputados federais da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) votaram a favor da proposta, que precariza o trabalho no Brasil.

Os quatro deputados da região – Vitor Lippi (PSDB), Jefferson Campos (PSD), ambos de Sorocaba e Herculano Passos (PSD) e o missionário José Olímpio (PP) – estes dois de Itu – são considerados traidores do eleitorado pelos sindicatos da CUT e por movimentos sociais, pois contaram com votos de trabalhadores para se elegerem e votaram contra os assalariados no caso do PL 4330.

Na manifestação desta quarta-feira, organizada pela subsede da CUT de Sorocaba, os sindicalistas pediram aos trabalhadores que entrem em contato com os deputados, por e-mail e redes sociais, e peçam que eles votem contra o projeto nas próximas votações que vão acontecer no Câmara.

Transporte e indústria

Dos cinco mil participantes do ato, dois mil são motoristas e ajudantes que ficaram nas garagens dos ônibus urbanos, que não circularam nas primeiras horas da manhã em protesto contra o PL 4330. Os outros três mil são trabalhadores de indústrias, que se concentraram no Parque das Águas, onde permaneceram das 5h30 às 10h.

Com a adesão dos motoristas ao protesto, os ônibus urbanos não saíram das garagens de madrugada. Mas a partir das 10h começaram a circular; e antes do meio-dia o transporte público na cidade já estava normalizado.

Entre os trabalhadores que participaram da manifestação no Parque das Águas, a maioria era do setor metalúrgico, mas também havia operários de fábricas químicas, de papel e papelão, confecções, entre outras.

Pressão funciona

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, veio a Sorocaba para participar do ato. “Mobilizações como esta de hoje [quarta], somada com redes sociais e outras formas de comunicação, podem sim impedir que o PL seja aprovado. Tanto é que os deputados já sentiram a pressão popular e ontem [terça] decidiram adiar algumas votações referentes ao projeto”, afirma o dirigente.

De acordo com Luizão, além de Sorocaba, os metalúrgicos de São Carlos, Taubaté e ABC, todos filiados à CUT, promoveram atos contra o PL nesta quarta-feira. “Enquanto houve risco do projeto ser aprovado no Congresso, outros protestos vão acontecer, com o apoio da FEM”.

De acordo com o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, “hoje é só o começo. Não adianta os patrões mudarem itinerário de ônibus nem atrasar o início dos turnos, como aconteceu hoje, para evitar a participação dos trabalhadores. Pra impedir a aprovação da terceirização, vamos realizar outras manifestações a qualquer momento”.

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