A luta pela educação e pela aposentadoria é de todos e todas. Por isso, as ruas em torno da praça Coronel Fernando Prestes foi, novamente, ocupada, no período da tarde desta quinta-feira, dia 30, por milhares de estudantes, professores e trabalhadores de outras categorias. (confira mais fotos)
No ritmo dos tambores, com livros e faixas nas mãos, a defesa dos investimentos nos Institutos Federais (IFSP) – que tem uma unidade em Sorocaba – imperou na voz dos manifestantes em marcha pelas ruas.
Os investimentos nos Institutos vêm sofrendo cortes de três anos para cá, que já chegam a 50%, de acordo com um professor de Letras do IFSP da região, que prefere não ser identificado.
Com o anúncio de novos cortes na educação pelo governo Bolsonaro, os manifestantes temem pelo fim do amplo acesso à qualificação profissional de qualidade e gratuita.
Fazendo história
O movimento contra os cortes na educação, que o governo Bolsonaro chama de “contingenciamento”, que pode chegar a R$ 4,25 bilhões, luta também contra outra proposta: a perversa Reforma da Previdência.
Por isso, o recado é “a luta não acabou”. Iniciada no dia 15 de maio os manifestantes pretendem continuar mobilizados até o dia 14 de junho, data da Greve Geral contra a Reforma da Previdência.
Para o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, “cabe a população sair às ruas contra a falta de política de desenvolvimento do país e de geração de renda. Já chegam a 14 milhões de desempregados e o PIB é um dos menores, que pode culminar numa recessão”, afirma.
Izídio explica que a Reforma da Previdência só agravaria mais o abismo social, privilegiando o setor financeiro. “Dia 14 de junho precisamos estar todos unidos porque é só a pressão popular que pode impedir mais perdas de direitos”, pontua.