O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para definir a nova taxa básica de juros, a Selic. O anúncio será feito pelo Banco Central (BC) na próxima quarta-feira, 20. Economistas do mercado projetam queda de 0,5 ponto percentual, reduzindo o índice para 12,75%.
Com a última redução de meio ponto anunciada em 2 de agosto, a Selic baixou de 13,75% para 13,25% ao ano. Mesmo com o corte, a taxa básica de juros da economia brasileira segue a mais alta do mundo, em termos reais (juros menos a inflação), segundo o Ministério da Fazenda.
A ata da reunião que definiu a redução de agosto sinalizou que novos cortes estão previstos nos próximos meses.
Na ata, o Copom informa que, “com relação aos próximos passos, os membros concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
Com a redução da Selic, o gasto do governo com juros diminui. Os juros de financiamentos e empréstimos também tendem a cair, estimulando consumo e investimentos.
Impacto da Selic na economia
Em julho, o BC divulgou seu relatório mais atual sobre a situação fiscal do setor público brasileiro.
O documento aponta que o setor público – governo federal, regionais e estatais – gastou só em junho R$ 40,7 bilhões para pagar juros da dívida pública.
Nos 12 meses encerrados em junho, foram R$ 638,1 bilhões – 8,4% a mais do que os R$ 588,6 gastos nos 12 meses anteriores.