A taxa média de desemprego calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas ficou em 6% em junho, um pouco acima do mês anterior (5,8%), em variação considerada não significativa pelo instituto. Também ficou próxima à de junho de 2012 (5,9%), a menor para o mês na série histórica, iniciada em 2002. Mesmo assim, é a maior taxa desde abril de 2012, que também foi de 6%.
Os dados indicam um mercado de trabalho estável, com pequena entrada de pessoas, o que também não pressiona a taxa. O comportamento pode ser considerado usual para o primeiro semestre, quando as taxas costumam ser maiores que a do segundo.
O número de ocupados em junho foi estimado em 22,980 milhões, sem maior variação, segundo o IBGE, tanto na comparação anual como na mensal. O mesmo acontece com a população desocupada, estimada em 1,455 milhão, ante 1,417 milhão em maio e 1,421 milhão em junho do ano passado. O número de desocupados cresceu 2,7% no mês, acima de maio (0,3%) e abaixo de abril (3%). Em junho de 2012, havia crescido 0,4%.
O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,477 milhões) não variou no mês e cresceu 3,2% sobre junho de 2012, com acréscimo de 359 mil vagas com carteira assinada. Eles representam quase metade (49,9%) dos ocupados nas seis regiões.
A população economicamente ativa (PEA) é estimada em 24,435 milhões. Praticamente não varia ante maio (11 mil pessoas a mais) e aumenta 0,7% em 12 meses (178 mil a mais). Os ocupados (22,980 milhões) são 27 mil a menos no mês (-0,1%) e 143 mil a mais em relação a junho do ano passado (0,6%). Os desocupados (1,455 milhão) aumentam em ritmo maior: 2,7% no mês (38 mil) e 2,4% em 12 meses (35 mil).
De maio para junho, a única variação entre os grupos de atividade foi registrada na indústria, com queda de 3,3%, ou menos 120 mil pessoas empregadas. Em 12 meses, o setor também cai 3,3% (122 mil a menos). Na mesma base de comparação, a construção recua 0,7% (12 mil) e o comércio cresce 1,1% (acréscimo de 46 mil). O segmento de serviços prestados a empresas sobe 1% (mais 37 mil ocupados), os serviços domésticos caem 5,2% (menos 79 mil) e o grupo educação, saúde e administração pública tem alta de 6%, com 225 mil ocupados a mais.
O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.869,20) não variou no mês e cresceu 0,8% na comparação anual. Calculada em R$ 43,4 bilhões, a massa de rendimento também ficou estável de maio para junho e aumentou 1,5% em 12 meses. Em relação a junho de 2012, o rendimento caiu em Belo Horizonte (5,1%), Salvador (4,5%) e Recife (3,2%), e subiu em Porto Alegre (6,3%), Rio de Janeiro (3,6%) e em São Paulo (1,3%).
O IBGE não apurou variações consideradas significativas nas regiões. A maior é de Salvador (8,8%) e e menor, de Porto Alegre (3,9%). Nas demais, atingiu 6,6% em São Paulo, 5,3% no Rio de Janeiro, 4,1% em Belo Horizonte e 6,5% em Recife.