O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e a montadora japonesa Toyota se reuniram na manhã desta segunda-feira, 5, para iniciar as negociações para reabertura do terceiro turno na empresa.
A recriação do terceiro turno na empresa está prevista para 2022 e deve gerar aproximadamente 400 empregos por meio de contrato por prazo determinado. As contratações devem acontecer ainda este ano.
Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, se trata de uma importante iniciativa para geração de empregos. “O desemprego no Brasil ainda continua alto e, por isso, nosso papel enquanto dirigente sindical é buscar caminhos para que mais postos de trabalho sejam abertos em Sorocaba e região”.
Ele lembra ainda que o aumento de produção na Toyota deve impactar as empresas sistemistas, que são fornecedoras da montadora. “Todo investimento gera uma geração na cadeia produtiva e tem a capacidade de garantir novos postos de trabalho nas empresas que fornecem para Toyota. Vamos acompanhar e buscar condições para que isso de concretize”.
Leandro também enfatiza que o Sindicato vai negociar o melhor acordo possível para os trabalhadores. “Temos o compromisso de defender a categoria e vamos tratar disso nas negociações com a Toyota, buscando medidas que garantam, além dos empregos, todos os direitos para os futuros contratados”.
A Toyota produz na planta de Sorocaba os modelos Etios, Yaris e Corolla Cross. Para 2022, a previsão é que sejam fabricados 150 mil veículos na cidade. Atualmente, a empresa tem cerca de 2.200 trabalhadores.
SMetal buscou investimentos
Em 2019, após o fechamento do terceiro turno na empresa, o SMetal trabalhou para trazer a plataforma TNGA para Sorocaba, o que garantiu que a planta local pudesse fabricar diversos veículos da montadora. O esforço do Sindicato foi fundamental para o investimento de R$ 1 bilhão na planta local, gerando centenas de empregos.
“Se hoje temos condições de negociar novamente o terceiro turno na Toyota é um fruto do trabalho do SMetal, que não mediu esforços para garantir investimentos da montadora para cidade. Nosso papel, para além de defender os trabalhadores, é criar condições para a manutenção dos empregos e também para geração de novos postos de trabalho, como é o caso agora”.