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Sorocaba registra 190 notificações por doenças respiratórias até junho

De acordo com boletim divulgado na sexta, dia 24, de 1º de janeiro a 18 de junho, foram contabilizadas 190 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no município de Sorocaba

Agência Sorocaba de notícias
Divulgação

De 1º de janeiro a 18 de junho, Sorocaba contabilizou 190 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), aponta a Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), em novo boletim divulgado nesta sexta-feira (24). O número vale apenas para casos de internação em unidades de saúde públicas ou particulares.

Do total de casos notificados, 23 são de Influenza A (H1N1) e 80 de SRAGs não especificadas (descartadas para o vírus Influenza). Outros 87 aguardam resultados de exames no Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo. No período do levantamento, foram 32 óbitos por SRAGs na cidade.

Com relação às 32 mortes, oito delas foram causadas pelo vírus Influenza A (H1N1). Neste caso, seis pessoas tinham faixa etária acima de 40 anos. Outras duas eram munícipes com idades entre 20 e 39 anos.

No que se refere aos óbitos por SRAGs não especificadas, 22 no total, houve registro de 20 em cidadãos com mais de 40 anos. Nos outros dois casos com morte, um deles teve como vítima uma pessoa menor de 2 anos de idade e, por último, uma entre 10 e 19 anos. Dos 87 registros que ainda aguardam resultados no IAL, foram contabilizados dois óbitos.

Número alto

Em menos de seis meses, período que compreende o levantamento divulgado pela DVE/SES, o número de notificações e mortes por SRAGs em Sorocaba ultrapassou o total do ano passado. Em 2015, ao longo dos 12 meses, foram notificados 54 pacientes hospitalizados e 12 óbitos.

Para o diretor da área de Vigilância em Saúde da SES, Rafael Reinoso, vários fatores podem ter contribuído para esse crescimento. A circulação antecipada dos vírus em 2016 é um deles. Aliado a isso, a falta de cuidados simples por parte da população, como cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, ou mesmo lavar as mãos com frequência com água e sabão.

“São várias situações que acabam culminando para que o vírus seja dissipado entre a população”, explica Reinoso. Ele lembra, também, que em 2015 não foram registradas notificações por H1N1 em Sorocaba, o que não se repetiu neste ano. “(O H1N1) é um vírus muito novo e resistente, diferente de outros que são menos letais”, acrescenta.

Queda e futuro

Os dados da DVE/SES compreendem as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 a 24 de 2016. Embora no contexto geral os números sejam altos, o diretor de área da pasta chama a atenção para o fato de que a partir da 17ª semana as notificações diminuíram, já que o pico de registros ocorreu na 16ª. “E isso passou a acontecer antes mesmo da campanha de vacinação. Provavelmente é porque as pessoas passaram a procurar imunização em estabelecimentos particulares”, argumenta.

Rafael acredita que as notificações e óbitos por SRAGs devem continuar diminuindo. Isso porque Sorocaba ultrapassou a meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) para a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, e teve pelo menos 183.975 pessoas imunizadas de 30 de abril a 22 de junho. “Quase um terço da população sorocabana foi vacinada. Consequentemente, até as pessoas que não tomaram a vacina acabam ficando mais protegidas, porque os vírus circulam menos”, enfatiza.

Síndrome Gripal

O levantamento da DVE/SES também contempla os casos notificados de Síndrome Gripal (SG), contabilizados na Unidade Sentinela, a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Leste. Lá, são recolhidas semanalmente cinco amostras de secreção de pacientes com sintomas de gripe. Até a 24ª SE, 14 foram positivas para SG, sendo 08 casos de Parainfluenza; 02 de Influenza B, 02 de Vírus Sincicial Respiratório (VRS) e 02 de Adenovírus.

Segundo Reinoso, essas amostras servem, junto de outras recolhidas mundialmente, para a produção das próximas vacinas contra a gripe. “A gente consegue identificar os vírus em circulação na população. São vírus que passam por muitas mutações, então esse trabalho é muito importante. Depois isso é juntado a todas as outras Unidades Sentinelas espalhadas pelo mundo”, conta.

Tamiflu e prevenção

De acordo com o diretor de área de Vigilância em Saúde, os estoques do medicamento Oseltamivir, o popular Tamiflu, usado para tratamento de alguns casos de SG e todos os de SRAGs confirmados, estão disponíveis em todas as unidades de saúde, mediante receita médica. A prescrição é feita conforme Protocolo de Tratamento Clínico de Influenza, do MS.

No documento divulgado pela DVE/SES, constam, ainda, medidas de prevenção a doenças respiratórias.

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