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Sorocaba não repassa redução do preço do gás de cozinha para o consumidor

Com a redução anunciada, o preço deveria ter caído para R$ 106,19, uma queda de R$ 6,28. Mas as distribuidoras sorocabanas só reduziram, em média, R$ 2, menos de um terço do prometido pela Petrobras

Do Portal Porque, com informações da RBA
Marcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil
O preço do botijão de gás de cozinha deveria estar na faixa dos R$ 60, segundo a Aepet

O preço do botijão de gás de cozinha deveria estar na faixa dos R$ 60, segundo a Aepet

No dia 8 de abril, a Petrobras anunciou uma redução de 5,58% no preço do gás de cozinha. Naquela data, o preço médio do botijão de gás em Sorocaba era de R$ 112,47. Com a redução anunciada, o preço deveria ter caído para R$ 106,19, uma queda de R$ 6,28. Mas as distribuidoras sorocabanas só reduziram, em média, R$ 2,00 – menos de um terço do prometido pela Petrobras.

Atualmente, o preço médio do botijão de gás em Sorocaba está em R$ 110,46, segundo levantamento divulgado na última semana pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A ANP pesquisou o preço do gás em quinze distribuidoras de Sorocaba. A mais barata está vendendo o botijão a R$ 105 e a mais cara, a R$ 120.

Comparado com um ano atrás, o preço médio do gás de cozinha em Sorocaba aumentou mais de 25% em Sorocaba, de R$ 88,20 para R$ 110,46. Só este ano, o preço do botijão de gás aumento quase 8% – em dezembro, o preço médio na cidade era de R$ 102,93.

ERA PRA CUSTAR R$ 60

O preço do botijão de gás de cozinha deveria estar na faixa dos R$ 60, segundo Fernando Siqueira, da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Em debate realizado pelo site Outras Palavras, sobre os rumos da empresa pública, o engenheiro falou que a atual política de preços da companhia faz parte das estratégias para enfraquecer e privatizar a Petrobras.

No caso do GLP (gás de cozinha), o engenheiro contou que a Petrobras ficava com 32% do valor de revenda, os impostos correspondiam a 18% e a parte do revendedor era de 50%. “Absurdo, imoralidade total. Aí eles mexeram, reduziram a participação da distribuidora e da Petrobras, mas os valores continuam altíssimos ainda. A Petrobras absorveu a imoralidade. Se fossem cobrados preços corretos, o botijão poderia estar na faixa de R$ 60 e ainda daria muito lucro para todo mundo”, explicou Fernando Siqueira.

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