Dezenas de pessoas protestaram no Carrefour Sônia Maria, no domingo, 22. A ação foi organizada pelo Movimento Antirracista de Sorocaba, depois que João Alberto Silveira Freitas foi assassinado por dois seguranças brancos numa unidade da rede em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra.
Com faixas e cartazes que traziam dizerem como “vidas negras importam”, os manifestantes usaram tinta vermelha para simular o sangue do povo preto morto diariamente e discursaram em frente à entrada do hipermercado.
Para Everton da Silva Souza, do Coletivo Racial do SMetal, a manifestação foi importante para cobrar mudanças estruturais. “A população negra continua sendo morta, esses assassinatos acontecem aos olhos de todos e não temos uma punição exemplar, nem dos assassinos e nem das empresas. Basta! Precisamos encarar o racismo de frente”.
Yasmin Castro, do Movimento Antirracista de Sorocaba, ressalta que a luta segue firme. “Por mais que doa, não dá para deixar o nosso povo preto morrendo em silêncio. Haverá povo preto nas ruas de Sorocaba, combatendo o racismo e a violência, fazendo barulho e incomodando a paz dos cidadãos que preferem fingir não ver mais um corpo preto caído no chão”.