Desde o início da campanha de vacinação, Sorocaba aplicou 930.553 doses das vacinas disponíveis para imunização. Deste montante, 565.296 pessoas receberam a primeira dose e 343.758 a segunda. Ao menos 18 mil pessoas estão imunizadas com a vacina de dose única. Há algumas semanas, o estado entrou em fase de reforçar a vacina de idosos e profissionais da saúde com uma terceira aplicação e, em Sorocaba, 3.460 pessoas receberam a dose de reforço. De acordo com dados do Vacinômetro, do governo de São Paulo, 76% dos sorocabanos estão vacinados.
Apesar do avanço ainda ser considerado lento, o impacto da imunização já pode ser visto nos números de mortes e casos na cidade. Se compararmos com o mês de março, em que Sorocaba chegou a registrar mais de 350 mortes e mais de 40 mil casos, é possível ver a importância de um processo de vacinação célere e eficaz já que os números atuais mostram declínio de mortes e estabilidade de casos registrados.
De acordo com balanço divulgado pela Prefeitura, a cidade identificou cerca de 85 mil casos de coronavírus e registra, desde o começo da pandemia, 2823 óbitos. Há três dias, Sorocaba não registra nenhuma vida perdida pela doença, mas vale ressaltar que os dados em geral são menores aos sábados, domingos e segundas em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais de Saúde.
A taxa de letalidade no município é de 3,3%, abaixo da taxa estadual, que é de 3,4%, mas se mostra acima da taxa nacional, que se encontra em 2,8%.
Brasil
Já a nível nacional, o país atingiu a triste marca de 594 mil mortes causadas pela Covid-19. Ao todo, desde março de 2020, são mais de 21 milhões de casos. A média móvel de óbitos representa estabilidade, mas ainda com muitas vidas perdidas para a doença, somente na última semana foram 527 óbitos.
A Campanha de Vacinação, iniciada em janeiro deste ano, chegou ao percentual de 40,91% da população brasileira com esquema vacinal completo, ou seja, com duas doses dos imunizantes ou a vacina de dose única. Em números, são 231,8 milhões de doses de vacina contra covid-19 no Brasil, sendo 144,8 milhões de primeiras doses e 87 milhões de segundas doses e doses únicas.
“Se pensarmos em um país com a população do nosso, 40% da população vacinada é muito pouco. Insistimos que muitas vidas perdidas poderiam ter sido poupadas se o governo tivesse se adiantado e negociado vacinas direito com os fabricantes, como outras nações fizeram”, analisa Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). Ele completa dizendo: “Bolsonaro preferiu organizar ‘negociatas’ paralelas e seguiu negando a ciência”, reforça.
Para Leandro, este é o momento para seguirmos incentivando a vacinação. Ele recorda que, entre março e abril, o Brasil chegou a registrar mais de 4 mil mortes diárias e, hoje, já existe uma diferença grande entre os dois cenários. “A prova viva de que as vacinas disponíveis funcionam é a vida! Hoje vemos que muitas pessoas tiveram a oportunidade de sobreviver graças ao bom funcionamento da ciência”, completa.
Fiocruz e Butantan lançam estudos
Em relatório divulgado na última semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou tendência de queda nas internações por Covid-19 no Brasil. Enquanto o número de novos casos segue direção oposta, consequência do fim das medidas de distanciamento social, as vacinas seguem comprovando a efetividade.
O levantamento da entidade vai ao encontro de outro estudo, este do Instituto Butantan, que identificou queda de 88% das mortes causadas pelo coronavírus entre idosos entre março e agosto deste ano.
O SMetal recorda que, apesar da esperança e alívio que a vacina traz, é de suma importância manter protocolos de saúde e segurança indicados pelas autoridades sanitárias. As máscaras de proteção, álcool em gel e distanciamento seguem necessários considerando novas variantes, como a Delta, que possuem um perfil mais infeccioso.