Conforme reportagem publicada na Rede Brasil Atual, o governo sustenta que a Previdência Social no país causa um rombo nas contas públicas. E, por isso, a “reforma” da Previdência seria urgente. Essa é uma ladainha ouvida à exaustão nos grandes meios de comunicação no país, empenhados em promover a reforma.
Enquanto esse discurso prolifera, o setor financeiro se apropria de recursos públicos por meio dos títulos da dívida e permanece incólume frente a uma dívida pública que tem sua legitimidade questionada. E dívidas bilionárias resultantes de sonegação de contribuições à Previdência seguem intocadas.
“Era necessária uma reforma de gestão, de fiscalização, de combate à sonegação que soma R$ 600 bilhões por ano, por que não se faz nada para combater? Ou a apropriação indébita, de empregadores que recolhem dos trabalhadores e não repassam os recursos à Previdência e chega a R$ 30 bilhões por ano?”, questionou o senador Paulo Paim, no dia 10, durante a votação da Reforma da Previdência, no Senado.
Ele se referiu à sonegação total de impostos no país, que este ano deve atingir R$ 600 bilhões, com um aumento de 74% sobre o ano passado, que teve sonegação de R$ 345 bilhões.