O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva; e o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre; foram recebidos em audiência pelo Ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Mauro Borges, no último dia 1º, em Brasília. O assunto foi a legislação que atende às empresas produtoras de equipamentos para energia eólica. O objetivo dos dirigentes sindicais é incentivar a geração de empregos nesse setor, do qual a Wobben, em Sorocaba, é um dos representantes.
Terto entregou ao ministro um documento do SMetal Sorocaba no qual a instituição pede ao governo federal que evite a concentração de mercado na produção de equipamentos para energia limpa, como é o caso da eólica. “Pedimos a criação de uma legislação que elimine dúvidas sobre incentivos e seja clara quanto à necessidade de distribuir a produção entre várias fábricas, de diferentes portes”, afirmou o dirigente.
O ministro Mauro Borges foi receptivo aos sindicalistas e afirmou que vai estudar o caso e que, se a preocupação exposta no documento e na reunião for pertinente, vai encaminhar o pedido ao Ministério da Fazenda.
Prevenção
O economista Fernando Lima, da subseção do Dieese em Sorocaba, que também estava na audiência, explica que a atitude do SMetal teve caráter preventivo. “A produção de equipamentos para energia eólica vive um bom momento no Brasil, mas há uma tendência de concentração de mercado nas mãos de algumas poucas grandes empresas, o que prejudicaria fabricantes como a Wobben”.
Terto faz questão de destacar que a iniciativa do Sindicato não altera em nada a luta na Wobben para que a empresa atenda as reivindicações imediatas dos trabalhadores, como o Programa de Participação nos Resultados (PPR).
