Na manhã desta terça-feira, 16, os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participaram de uma reunião no Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest). O encontro reuniu sindicalistas, lideranças da área da saúde que atuam na cidade e no estado de São Paulo e contou, ainda, com a participação da coordenadora-geral de saúde do trabalhador, Luciene Aguiar, que atua no Ministério da Saúde do governo Lula.
Além dos metalúrgicos, outras categorias estiveram representadas, como comércio, químicos e profissionais da saúde. Marcaram presença, ainda, membros da Comissão Intersetorial em Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (CIST), do Conselho Municipal de Saúde, assim como representantes da Vigilância Epidemiológica e de Saúde do Trabalhador.
Para Izídio de Brito, que é secretário de organização do SMetal e membro do Conselho Municipal da Saúde, é fundamental ter engajamento dos sindicalistas neste debate. “É necessário ocupar os espaços de discussão, para que possamos estar atentos na vigilância da saúde e segurança daqueles que saem de suas casas para trabalhar diariamente, seja em nossa categoria ou não”, afirma.
Durante o evento, a coordenação do Cerest apresentou para os convidados um pouco sobre a atuação deste centro e destacou ações importantes que foram realizadas nos últimos anos. Além disso, os participantes da reunião puderam encaminhar demandas prioritárias para as lideranças municipais, estaduais e nacionais que, na tarde desta terça, terão uma reunião com o Secretário de Saúde da cidade.
Entre os pedidos colocados pelos profissionais do Cerest, sindicalistas e conselheiros, está a contratação de mais profissionais no local. Essa demanda foi apresentada no sentido de ampliar a gama de atendimento ao trabalhador que procura o local. Esta unidade promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida da classe trabalhadora por meio da prevenção e vigilância e, atualmente, uma das queixas é a falta de pessoal para trabalho administrativo e, em alguns casos, técnico.
Outros pontos abordados foram a necessidade de buscar repasses de recursos para o órgão por meio de emendas parlamentares, a possibilidade do Cerest de Sorocaba receber um curso de capacitação profissional e a adequação da carga horária do profissional de medicina que atua na unidade.
No evento foi jogado luz às questões atuais como o assédio moral e o burnout. “Atualmente os trabalhadores não sofrem apenas com doenças visíveis, que são preocupantes, mas sobretudo com patologias desenvolvidas por assédio, pressão, entre outras”, comenta comentou Iara Ruzzinentti, técnica de segurança do trabalho e membro da assessoria do SMetal. Para ela, uma unidade como o Cerest precisa ter pessoas preparadas e estrutura suficiente para orientar e acolher o trabalhador que procure o local com essas queixas.
Agora, o Sindicato dos Metalúrgicos vai acompanhar o comportamento da Secretaria da Saúde (SES), após a reunião que será realizada nesta tarde.