Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participaram no último sábado, 25, de plenária rumo ao 9º Congresso da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP). O evento preparatório, que aconteceu em Pindamonhangaba, teve como tema a negociação coletiva e a reconstrução dos direitos fundamentais das trabalhadoras e dos trabalhadores.
“Trata-se de um momento muito importante de troca de experiência e debate para conseguirmos estabelecer os próximos passos da luta. Juntos, somos mais fortes para trabalharmos pelos direitos da categoria e para ampliar as oportunidades para a indústria nacional”, destacou Leandro Soares sobre o evento.
Participaram da mesa de abertura o presidente da FEM/CUT-SP, Erick Silva, acompanhado da secretária da mulher, Ceres Ronquim, e do secretário-geral da entidade, Max Pinho. Junto aos representantes da FEM, estiveram: André da Silva Oliveira (Andrezão), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Claudio Batista da Silva Júnior (Claudião), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
Além dos sindicalistas, o coordenador da subsede da CUT no Vale do Paraíba, José Carlos de Souza e Renato Carlos de Almeida, que é secretário de Formação da CNM/CUT, também estiveram na mesa, assim como o vereador Herivelto dos Santos Moraes (Vela).
A plenária abordou temas estratégicos para o futuro das lutas da classe trabalhadora, dirigidas pelo movimento sindical e destacou, entra outros temas, a importância da negociação coletiva.
Raimundo Oliveira, advogado e assessor jurídico da FEM-CUT/SP que também integra o GT das Centrais, defendeu a negociação coletiva como ferramenta de conquistas. “Nada nos foi dado, tudo foi fruto de luta e a organização coletiva dos trabalhadores. Instrumento político é a luta e o instrumento jurídico é a negociação coletiva”.
Em sua fala, Oliveira recordou os ataques sofridos pelos trabalhadores e trabalhadoras no último período político e fez uma leitura da atual composição do Congresso Nacional. “É um congresso majoritariamente patronal e para garantir a manutenção de direitos trabalhistas é preciso organização”, disse.
Dentro deste bojo, outros temas foram debatidos: garantias constitucionais das negociações coletivas; os requisitos legais e formais para que as normas coletivas decorrentes da negociação coletiva tenham validade e, por fim, estratégias jurídicas para reconstruir partes dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras que foram sumariamente destruídos pela reforma trabalhista entre outros.
Congresso
O 9º Congresso da FEM/CUT-SP acontece nos dias 12, 13 e 14 de abril, em Itanhaém. Neste ano, o mote do evento será: “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”.