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MOBILIZAÇÃO

SMetal participa de atos de lançamento da Campanha Salarial 2024 em Pindamonhangaba

Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, a mobilização da FEM e seus sindicatos filiados “dá o recado de que os grupos patronais devem respeitar a categoria”

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Mattheus da Silva

Pela manhã, os sindicalistas realizaram assembleia de mobilização junto aos trabalhadores da Gerdau, principal empresa metalúrgica de Pindamonhangaba

Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participaram, nesta quinta-feira, 6, de dois atos nas portas da Gerdau e da Tenaris Confab, em Pindamonhangaba. As mobilizações marcam o lançamento da Campanha Salarial 2024 da categoria.

O presidente do SMetal, Leandro Soares, afirma que as manifestações não foram apenas um ato simbólico de lançamento da Campanha, mas um recado aos patrões, que devem respeitar a categoria e a unidade que tem sido constituída a partir desta mobilização.

“Graças a retomada da política industrial, o Brasil volta a ter credibilidade, estabilidade e valorizar os trabalhadores do nosso país. Assim como no ano passado tivemos uma Campanha Salarial bem sucedida, com aumento real, neste ano não será diferente”, relembra.

Além do SMetal e de representantes de sindicatos de outras categorias que apoiam a luta dos metalúrgicos, estiveram presentes representantes dos sindicatos ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), entidade responsável por conduzir as negociações coletivas com os sindicatos patronais, representando os trabalhadores no estado de São Paulo.

Manifestação na Gerdau

Pela manhã, os sindicalistas realizaram assembleia de mobilização da Campanha Salarial 2024 junto aos trabalhadores da Gerdau, principal empresa metalúrgica de Pindamonhangaba. Ao final da atividade, os metalúrgicos aprovaram o rechaço à jornada 6×1, que obriga o metalúrgico a trabalhar seis dias seguidos e folgar apenas um.

Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, o objetivo do ato é demonstrar a força dos metalúrgicos. “Estão aqui todos os sindicatos de metalúrgicos do estado de São Paulo, todos os sindicatos representados dos outros ramos da indústria, químicos, construção civil, urbanitários, vestuário, alimentação”, conta Erick.

A empresa possui planta em Sorocaba e também negocia com o SMetal direitos e benefícios para a categoria.

Mobilização na Tenaris Confab

Já na tarde desta quinta-feira, a mobilização dos trabalhadores foi na Tenerife Confab, onde os representantes dos sindicatos presentes dialogaram com os metalúrgicos sobre a importância de lutar pelo aumento real nos salários, além de ampliar direitos por meio das cláusulas sociais das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), como a estabilidade em caso de acidentes de trabalho, por exemplo.

“As negociações sindicais não deixaram fechar a Confab em Moreira César. Nós discutimos junto com a empresa para otimizar a produção da planta e aumentar a produtividade de tubos. E hoje, a empresa chama a atenção dos acionistas para trazer investimentos, resultando na geração de emprego e movimentando a economia local”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira (SINDMETP), André Oliveira.

A empresa é representada pelo Grupo 2 nas mesas de negociação coletiva. Durantes as falas da assembleia, os dirigente ressaltaram a importância do grupo patronal escutar as reivindicações da categoria.

Ao final da assembleia, os metalúrgicos da Tenaris Confab aprovaram disposição de luta pelas pautas apresentadas aos sindicatos patronais para a Campanha Salarial de 2024.

Campanha Salarial 2024

Desde o dia 24 de maio a FEM-CUT/SP tem entregue as pautas da categoria aos grupos patronais, abrindo o diálogo com Sindipeças, Sindiforja, Sinpa, Sindicel, Sindratar, Siniem, Sifesp, Siescomet, Sicetel e para os Grupos 8.3 e 10.
A pauta entregue para as bancadas patronais reivindica a valorização das CCT, a reposição da inflação e o aumento real de salário, também a redução da jornada sem redução de salário e a redução da taxa de juros.

Sobre a importância das cláusulas sociais das CCTs, a metalúrgica de Sorocaba, que integra o coletivo de mulheres da FEM-CUT/SP, Priscila dos Passos, ressalta que mesmo a maior parte da categoria ser masculina, é necessário pautar os direitos das mulheres metalúrgicas.

“Por exemplo, queremos garantir que, após a licença-maternidade, a trabalhadora tenha seu plano de cargos e salários garantidos. Outra demanda é que as empresas deem o suporte para a trabalhadora em situações de violência”, explica.

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, também destaca a necessidade de incorporar às CCTs o compromisso com a igualdade salarial entre homens e mulheres, porque mesmo que já seja lei, ainda há muita irregularidade.

Atos de lançamento da Campanha Salarial 2024 em Pindamonhangaba
Mattheus da Silva

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