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Nota de pesar

SMetal lamenta a morte do ex-jogador Freddy Rincón, aos 55 anos

Jogador colombiano era ídolo do Corinthians, time onde foi bicampeão brasileiro (1998 e 1999), além de ter ganho o Mundial de Clubes da Fifa em 2000; Rincón também foi treinador do São Bento em 2007

Imprensa SMetal com informações da Rede Brasil Atual
Reprodução
Rincón foi técnico do Esporte Clube São Bento na temporada de 2007

Rincón foi técnico do Esporte Clube São Bento na temporada de 2007

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) lamenta a morte do ex-jogador colombiano Freddy Rincón. Ele estava internado desde segunda-feira, 11, após sofrer um acidente de carro em Cali, na Colômbia. Rincón foi técnico do Esporte Clube São Bento na temporada de 2007.

O presidente do SMetal, Leandro Soares, expressou solidariedade pelo falecimento do jogador. “Em nome de toda diretoria do Sindicato, enviamos nossos mais profundos para os familiares e amigos nesse momento difícil. Rincón foi um grande ídolo que marcou a história do futebol e será sempre lembrado. Que Deus possa confortar o coração de todos que sofrem com a sua partida”.

Em nota publicada na página oficial no Facebook, o time sorocabano também lamentou a morte do jogador: “Esporte Clube São Bento lamenta profundamente a morte de Freddy Rincón de 55 anos. Rincón foi Técnico do Azulão Sorocabano na temporada de 2007 e faleceu por trauma cranioencefálico severo, após um grave acidente de carro. Deus conforte todos os amigos e familiares!”

Histórico

Ídolo de clubes e da seleção de seu país, Rincón chegou ao futebol brasileiro sendo campeão paulista pelo Palmeiras em 1994, trazido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, e depois em 1996. Mas acabou se tornando ídolo do Corinthians a partir de 1997, onde foi bicampeão brasileiro (1998-1999) e ganhou o Mundial de Clubes da Fifa em 2000. Além disso, teve passagens por Santos e Cruzeiro no futebol brasileiro.

Segundo boletins médicos divulgados horas depois do acidente envolvendo seu carro e um ônibus, o ex-jogador sofreu um trauma cranioencefálico severo e estava internado em estado grave em uma UTI. Ele chegou a passar por cirurgias, mas não resistiu.

“Me faltou ser branco”

Rincón começou a carreira em 1985 em um clube pequeno de sua cidade natal, Atlético Buenaventura, aos 20 anos. Depois passou por Tolima, Independiente Santa Fé e América de Cali, onde ficou até 1993, depois de se destacar na seleção colombiana e se transferir para o Palmeiras. Pela Colômbia, jogou no time que encantou o mundo com seu toque de bola envolvente, combinado classe e velocidade. O gol marcado contra a Alemanha na Copa de 1990, ainda na fase de grupos, empate por 1 a 1, é um dos mais compartilhados nas redes sociais

Em 1994, Rincón chegou ao Brasil para defender o Palmeiras onde fez 32 jogos e marcou 10 gols naquele ano. Logo foi emprestado pelo Verdão para o Napoli (ITA). Em seguida, foi vendido para o Real Madrid (ESP), onde teve passagem tímida. “Me faltou ser branco. Não sofri racismo no dia a dia, mas para jogar dentro do Real Madrid, sim”, disse certa vez disse o jogador.

Depois do Real, Rincón voltou ao Palmeiras de Luxemburgo, em 1996. Mas trocou o Alviverde pelo arquirrival Corinthians, em 1997, onde fez história. Foi capitão do título do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, além de conquistar brasileiro nos dois anos anteriores e o Paulista de 1999. Rincón ainda passou por Santos e Cruzeiro antes de encerrar a carreira no Corinthians em 2004, aos 37 anos. Tentou também atuar como treinador, mas não se firmou.

Onde jogou
• Atlético Buenaventura
• Tolima
• Independiente
• América de Cali
• Seleção colombiana
• Palmeiras
• Napoli
• Real Madrid
• Palmeiras
• Corinthians
• Santos
• Cruzeiro
• Corinthians

Clubes que treinou
• Iraty
• São Bento
• São José
• Corinthians Sub-20
• Atlético Mineiro (auxiliar técnico)
• Flamengo-SP

Ídolo nacional

A seleção da Colômbia na década de 90 tinha como base a equipe do Atlético Nacional, que conquistou a Libertadores de 1989. Porém, Rincón era um dos titulares que atuaram por outro clube na época, o América de Cali. No início do comando do técnico Francisco Maturana na seleção, Rincón atuava como atacante. Além do meia, a seleção da Colômbia contava com grandes jogadores como Valderrama, Higuita, Asprilla, Valencia e Aristizábal.

Após a Copa de 90, Rincón seguiu no grupo da seleção colombiana que ficou em quarto lugar na Copa América de 1991, e em terceiro na Copa América de 1993 – ano em que a Colômbia chegou ao auge. Os colombianos fizeram um bom ano em 1993 e, na última rodada, precisavam de uma vitória contra a Argentina, que também não estava garantida na Copa do Mundo de 1994. O confronto contra a seleção de Batistuta e Simeone é um dos episódios mais lembrados da Colômbia da década de 90.

O time de Rincón goleou a Argentina por 5 a 0 em Buenos Aires e tornou-se um dos favoritos da Copa de 1994, nos Estados Unidos. Mas decepcionou, perdendo na estreia por 3 a 1 para a Romênia de Gheorghe Hag. Em seguida perdeu a vaga para a fase seguinte já no segundo jogo, após derrota para os EUA por 2 a 1.

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