Sob forte neblina da manhã desta terça-feira, dia 22, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) promoveu um protesto da Campanha Salarial 2019 com trabalhadores em Araçariguama, onde se concentram empresas do grupo Fundição.
A mobilização envolveu metalúrgicos das empresas do segmento (Metalur, Aluzinco e Moxba) para cobrar reajuste salarial e a manutenção dos direitos do grupo patronal, que tem emperrado as negociações da Campanha Salarial.
Trabalhadores aprovaram como data-limite para proposta do grupo Fundição sexta-feira, dia 25. Senão, a partir de segunda, 28, o SMetal fará negociação por empresa.
“Estamos há 110 dias da data-base, que é 1º de setembro, e estamos reivindicando que a Fundição atenda a pauta da categoria, pela reposição da inflação com aumento real, para evitar que os trabalhadores sejam prejudicados”, ressaltou o secretário de organização do SMetal, Izidio de Brito.
Os trabalhadores da Senior, empresa que integra o grupo patronal de autopeças, também participaram do ato porque, até a manhã desta terça-feira, 22, o G3 ainda não tinha oficializado a proposta de 3.80% de reajuste salarial.
“Para além da Campanha Salarial, os trabalhadores da Senior, atual Junior Flex, passam por diversos desafios após a empresa ter sido vendida. O Sindicato marca presença mesmo, que é para assegurar os direitos e impedir que mais arbitrariedades ocorram na fábrica”, explica o diretor sindical João Farani.
Patrão também tem sindicato
A diretora do SMetal, Priscila dos Passos Silva, que é secretária de comunicação da FEM/CUT, abordou a dinâmica das negociações da Federação com os sindicatos patronais e o diretor executivo do SMetal, Antonio Welber Filho ressaltou a importância da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que assegura direitos dos trabalhadores, como maior adicional noturno, estabilidade em caso de acidente, entre outros benefícios.