A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) promoveu assembleia nesta sexta-feira, dia 28, das 6h às 7h30, em frente à empresa Scórpios, sistemista da Toyota, para alertar a empresa sobre denúncias que a entidade vem recebendo.
Há algum tempo o SMetal vem alertando a empresa sobre denúncias de assédios praticados por encarregados e supervisores.
Entre as denúncias, a de que a chefia pressiona trabalhadores a produzirem peças com erro para que se possa observar em qual estágio ela será barrada. Outras denúncias dizem respeito a assédio sexual dentro da empresa.
Conforme o presidente do SMetal, Leandro Soares, a assembleia desta sexta-feira já foi alertada outras vezes, “mas ao invés de investigar os fatos preferiu negá-los. Vamos comunicar, inclusive, a montadora Toyota sobre as denúncias envolvendo esta sistemista. Se não obtivermos resultado sobre essas denúncias de assédio, tomaremos outras providências”, afirma.
Rotatividade e outros males
Durante a assembleia desta sexta-feira, a diretoria do Sindicato também ressaltou os prejuízos que a reforma trabalhista causa à vida dos trabalhadores. Os metalúrgicos da Scórpios também foram alertados sobre a Campanha Salarial da categoria, de que é preciso muita mobilização para assegurar os direitos da Convenção Coletiva.
O aumento da rotatividade é um dos problemas que a reforma trabalhista traz. Atualmente, se a empresa for demitir mais de 20% de seu quadro de trabalhadores precisa negociar com o sindicato alternativas às demissões. Mas, quando a reforma trabalhista entrar em vigor, em novembro, o patrão poderá demitir quantos funcionários quiser, sem negociação com o sindicato.
O secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, destacou na assembleia que a categoria metalúrgica está em campanha salarial. “É um momento muito importante e delicado, porque enfrentamos ataques ferozes contra os direitos. Temos uma Convenção Coletiva que nos dá uma segurança de emprego, mas nesta campanha é preciso lutar por ela, para que o setor patronal não a destrua, como dez com a CLT”, ressalta.