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SMetal e FEM assinam convenções com oito sindicatos patronais

Foram assinadas nesta terça, dia 31, as oito convenções coletivas aprovadas pelos metalúrgicos de Sorocaba em assembleia no SMetal. Elas incluem a cláusula de proteção contra a reforma trabalhista

Imprensa SMetal
Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
As oito convenções foram assinadas nesta sexta-feira, dia 31, na sede da FEM, em São Bernardo do Campo

As oito convenções foram assinadas nesta sexta-feira, dia 31, na sede da FEM, em São Bernardo do Campo

Foram assinadas nesta terça-feira, dia 31, na sede da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), em São Bernardo do Campo, as oito Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) aprovadas pelos metalúrgicos de Sorocaba e região em assembleia na sede do SMetal na noite de sexta-feira, dia 27.

As convenções, além da reposição da inflação nos salários (1,73%) garante a renovação de todas as cláusulas sociais já existentes, inclusive a garantia de estabilidade a quem tem sequelas de acidentes ou doenças ocupacionais, e adiciona a cláusula de salvaguarda contra a terceirização e a reforma trabalhista.

Com as assinaturas, esses direitos já estão garantidos para os metalúrgicos que trabalham em fundições, estamparias de metais; Grupo 8-2: Sicetel (Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos) e Siescomet (Esquadrias e Construções Metálicas); Grupo 8-3: Simefre (Equipamentos Ferroviários e Rodoviários); Siamfesp (Artefatos de Metais Não Ferrosos)e Sinafer (Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas) e Sindratar (Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar).

Em Sorocaba, além das empresas ligadas a esses sindicatos patronais, há um acordo semelhante assinado também com a Toyota; totalizando nove convenções com a garantia da cláusula de salvaguarda.

Na assinatura das CCTs nesta terça, além de dirigentes da FEM e membros das bancadas patronais, estavam presentes também o presidente e o secratário geral do SMetal, respectivamente Leandro Soares e Silvio Ferreira.

Acordo ou greve

O SMetal já está negociando acordos com empresas locais dos grupos de patrões que ainda estão emperrando as negociações com a FEM. Nas negociações, o Sindicato não abre mão do reajuste salarial, da renovação das cláusulas existentes e da inclusão da cláusula de salvaguarda.

“O SMetal também pode, com respaldo da lei, liderar protestos e paralisações nas empresas que se recusarem a negociar seriamente a assinatura da Convenção Coletiva”, explica Leandro Soares.

O Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos), por exemplo, não apresentou proposta de acordo e tenta retirar cláusulas já existentes na CCT. O Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo), que é do G8-1, adotou postura idêntica ao G3.

Já com o G10 a campanha salarial está emperrada porque a bancada patronal não aceita incluir a cláusula de salvaguarda da CCT.

Grupo 3

Muitas empresas expressivas do Grupo 3 estão instaladas na região de Sorocaba. Para o SMetal, o fato de não haver ainda convenção coletiva assinada nesse grupo indica falta de vontade e de respeito dessas empresas para com os trabalhadores. “Por isso passamos a insistir com mais vigor junto às autopeças para que elas negociem o acordo com urgência”, ressalta Silvio Ferreira.

As autopeças que fornecem produtos para a montadora Toyota em Sorocaba, por exemplo, já estão em negociações adiantadas com o SMetal. As propostas que estão surgindo são semelhantes às convenções coletivas já assinadas. “Com a vantagem de incluírem aumento real de salários, além da reposição da inflação”, informa Leandro.

“Diante desse quadro, quem se recusar a firmar acordos coletivos nesses termos, é porque estão pedindo por protestos e greves”, informa o presidente do SMetal.

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