O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva, junto com outros líderes sindicais da CUT, participou da manifestação realizada na avenida Paulista, dia 15, contra as medidas de ajuste dos gastos públicos, anunciadas na última segunda-feira, dia 14, pelo governo federal.
Ele diz que “o motivo principal do ato foi protestar contra a demora dos empresários em negociar a campanha salarial dos trabalhadores, mas não deixamos de nos manifestar publicamente contrários às medidas que trazem prejuízos ao trabalhador, como a volta da CPMF’, afirma.
Para Terto, que também Secretário Estadual de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SP), o momento econômico e social atual é difícil, não só no Brasil, mas no mundo. “Não é por isso que vamos concordar com ajustes que sempre tem penalizado mais o trabalhador do que outros setores da sociedade”, critica o presidente.
Segundo ele, o governo federal deveria há tempos estar taxando as grandes riquezas; os produtos de luxo, como iates, helicópteros particulares e jetski; os latifúndios e os banqueiros.
O coordenador da subsede Sorocaba da CUT, Alex Sandro Fogaça, explica que os sindicatos cutistas da região estão alinhados com as críticas da central e repudiam qualquer medida que possa prejudicar o trabalhador.
Diálogo
Ainda nesta semana, a CUT irá encaminhar um ofício ao governo federal para apresentar a pauta dos trabalhadores e pedir um diálogo aberto tanto com o governo quanto com os empresários.
“Defendemos mudanças no eixo econômico, nos rumos da economia, que hoje segue a receita neoliberal, da direita. Enquanto isso não mudar, vamos continuar saindo às ruas para defender os trabalhadores, os direitos sociais e a democracia”, assegura o presidente do SMetal.
Economia
O economista Fernando Lima, da subseção Dieese Metalúrgicos de Sorocaba, também comentou nesta terça-feira, dia 15, as medidas anunciadas pelo governo federal. “O Governo Federal parte do pressuposto que em primeiro lugar deve-se cumprir os compromissos fiscais e para tal apresenta proposta que ressuscita imposto criado no Governo Fernando Henrique Cardoso”, completou o economista.