O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) doou na sexta-feira, dia 19, 300 cestas básicas em apoio aos metalúrgicos da Mercedes Benz, que estão acampados em frente à empresa, em São Bernardo do Campo, contra as 500 demissões ocorridas neste mês.
O vice-presidente da entidade, Tiago Almeida do Nascimento e o secretário-geral do SMetal, Leandro Soares, participaram da entrega das cestas, que ocorreu por volta das 10h30 na praça do cruzamento entre a Avenida 31 de maio, Avenida Lions e o Corredor ABD, na Pauliceia, onde os cerca de 300 trabalhadores estão acampados.
De acordo com Leandro Soares, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região está à disposição dos metalúrgicos do ABC “para o que precisarem. Eles são como irmãos para nós do SMetal de Sorocaba”.
Leandro também afirmou que foi muito positiva para essa ação solidária: “essa entrega foi importante por que ajudamos os companheiros que estão nessa luta, da qual nós estamos acompanhando e apoiando”.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva,agradeceu o SMetal e disse que “as doações são importantes, tanto pelos alimentos, que são necessários para manter as pessoas fisicamente bem, na luta, mas também pela solidariedade, pela moral, pois apesar do SMetal de Sorocaba estar há alguns quilômetros de distância, neste momento estamos juntos e mostrando força”.
O secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) João Cayres, também estava presente no momento da entrega e ressaltou o apoio de todas as entidades sindicais parceiras “agradecemos a ajuda do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região e também de outros sindicatos como o SindSaúde ABC, Vigilantes entre outros. Essa parceria ajuda a dar um ânimo aos nossos companheiros da Mercedes Benz que estão acampados”.
Entenda o caso
Desde 8 de junho, cerca de 300 metalúrgicos se revezam acampados em frente à empresa, buscando reverter as demissões, anunciadas pela montadora em maio, que informava a dispensa de 500 funcionários, que estavam afastados em regime de lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) desde o ano passado.
Ainda de acordo com Aroaldo, o protesto é por tempo indeterminado, e a empresa ainda não se pronunciou sobre uma possível reunião com o Sindicato.