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Sindicato vai processar Jaraguá por atrasos no pagamento dos funcionários

Trabalhadores pararam a produção esta semana devido a atraso no vale. O protesto já terminou, mas o SMetal vai entrar com ação contra a Jaraguá devido aos atrasos e irregularidades no FGTS

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Trabalhadores pararam a produção entre os dias 24 e 26 deste mês para protestar contra o atraso no pagamento do vale

Sem chegar a um acordo na Jaguará, fabricante de equipamentos instalada na zona industrial de Sorocaba, o Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal) moverá, nos próximos dias, uma ação trabalhista contra a empresa, em função de atraso de salário e de irregularidades no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com o departamento jurídico do SMetal, a fábrica não arca com suas obrigações com o trabalhador há um ano e três meses, quando parou de depositar o FGTS.

Quanto ao salário, a Jaraguá não tem atualmente nenhum débito com os trabalhadores. Mas desde janeiro deste ano ela vem pagando os salários e vales com atraso, e não nas datas estabelecidas na Convenção Coletiva dos Metalúrgicos.

Inseguros quanto ao pagamento de seus direitos, os trabalhadores da Jaraguá pararam a produção do dia 24 ao dia 26 de junho para protestar contra a situação. Eles voltaram ao trabalho nesta sexta-feira, dia 27, quando a empresa depositou o adiantamento salarial.

Atrasos frequentes
“Apesar do salário dos trabalhadores atualmente estar em dia, é inadmissível atrasar o pagamento com a frequência que a Jaraguá vem fazendo. Nós vamos lutar para que essa situação mude o mais rápido possível”, afirmou o Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, diretor do SMetal.

Para o presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva, a situação na Jaraguá chegou ao limite, a ponto do Sindicato entrar na Justiça do Trabalho para exigir respeito aos direitos dos 600 funcionários da fábrica. “Eles trabalharam todos os dias, cumprindo expediente, dando o máximo para o crescimento da empresa. E na hora de checar o saldo bancário, constata que o salário ainda não caiu.”

Os dirigentes sindicais, juntamente com o departamento jurídico da entidade, estão analisando o histórico de desrespeito aos direitos de cada funcionário para fundamentar a ação trabalhista.

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