O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal), Ademilson Terto da Silva, vai se reunir nesta sexta-feira, dia 1º, com a alta direção da Gerdau para o segmento de aços especiais. O tema do encontro será o anúncio de desativação da fábrica de Sorocaba, feito pela direção local da empresa no último dia 15. Segundo o comunicado, a produção em Sorocaba será encerrada em setembro.
A reunião nesta sexta-feira, às 13h, será na sede administrativa do Grupo Gerdau, em São Paulo. O objetivo do Sindicato é insistir na manutenção da produção e dos 160 empregos da fábrica em Sorocaba.
O SMetal também solicitou uma audiência com o prefeito Antônio Carlos Pannunzio para tratar dos empregos na Gerdau, que é uma fábrica de valor histórico para Sorocaba, visto que originalmente ela se chamava Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida e começou suas atividades em 1917 como uma fábrica de enxadas no centro da cidade. A transferência para o local onde hoje funciona a Gerdau, na Rua Padre Madureira, aconteceu no início da década de 1940.
Até a tarde desta quarta-feira, dia 30, o prefeito ainda não havia marcado data para a audiência.
Motivo do fechamento
Inicialmente, a Gerdau alegou ao Sindicato que iria fechar a fábrica porque não tinha mais interesse no negócio de aços especiais, que são produzidos na unidade de Sorocaba. Recentemente, porém, declarou à imprensa que esse setor de produção vai ser transferido para a unidade de Mogi das Cruzes.
Para a diretoria sindical, há opções à dispensa de funcionários. A produção da Gerdau poderia ser reativada em novo local da cidade, pode haver possibilidade de transferência de trabalhadores para um município vizinho, Araçariguama, onde o Grupo Gerdau mantém outra unidade.
Informações imobiliárias
Na reunião com o Prefeito, além de pedir apoio para manter os empregos na cidade, o Sindicato quer saber há quanto tempo a área onde fica a Gerdau está condenada para uso industrial.
A dúvida surgiu porque tanto na proposta de governo do então candidato Pannunzio quanto no Plano Diretor apresentado pela Prefeitura, há referências à utilização do terreno para obras viárias, incluindo uma futura “marginal direita” na cidade. Atualmente o Plano Diretor está tramitando na Câmara.
“É preciso esclarecer quanto tempo faz que a Gerdau e a Prefeitura sabiam que a fábrica teria que ser desativada. O Sindicato e a sociedade merecem ter essa informação e saber quais os planos reais para utilização daquele local de valor histórico”, afirma Tiago Almeida, vicepresidente do SMetal.