O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba conversou com os trabalhadores da Gerdau na manhã da quarta-feira, dia 24. A categoria protesta contra a falta de segurança que acarretou na explosão no interior de um forno na terça. Felizmente, ninguém ficou gravemente ferido.
No mesmo instante em que protestava contra o número reduzido de funcionários na Gerdau – fator que afeta diretamente a segurança – a direção do sindicato recebeu a informação de que outro incidente grave ocorreu na empresa esta manhã. O cabo de aço de uma ponte rolante no setor do Acabamento da Laminação Pesada se rompeu. Por sorte, ela arrebentou logo que as peças de aço, com cerca de 20 toneladas no total, começaram a ser içadas do chão. Ninguém se feriu. Na avaliação da diretoria do sindicato, o fato revela que existe clara necessidade de investimentos para o bom funcionamento dos equipamentos e modernização dos acessórios obsoletos, o que compromete a segurança.
Para o presidente do sindicato, Romeu Martins, a direção da empresa não tem levado em consideração as reclamações feitas pelo sindicato. “Há menos de 15 dias falei que a situação está caótica. A falta de funcionários é absurda. Não podemos esperar que providências sejam tomadas somente quando o pior acontecer. Queremos mudança já”, exclamou Romeu.
A Gerdau produz laminados de aço e emprega 2.200 trabalhadores em Pinda.
Tecpar
Nesta segunda, um incidente também ocorreu na Tecpar, empresa instalada dentro das dependências da Gerdau. Houve vazamento no silo de carvão em pó, cuja tampa sofreu um estouro com o excesso de material injetado. Segundo relatos, a causa seria o não funcionamento de um sensor que emite alerta quando o limite de material é alcançado.
