Um acordo firmado entre o Sindicato e o Grupo Schaeffler garante o pagamento de até R$ 550 para mais de 4.019 metalúrgicos que trabalhavam na empresa em 2008. Desse total, 1.150 pessoas não trabalham mais na empresa e precisam procurar a sede do sindicato dos metalúrgicos em Sorocaba para assegurar o pagamento.
Quem ainda é funcionário da Schaeffler vai ter o resíduo depositado na conta-salário, proporcional aos meses trabalhadores em 2008, no dia 28 de novembro. Os ex-funcionários, porém, terão que assinar um termo de adesão na sede do Sindicato.
Na segunda quinzena de outubro, o Sindicato dos Metalúrgicos manteve um plantão jurídico na sede da entidade para atender aos ex-funcionários. Mas nesse período cerca de 600 trabalhadores assinaram o termo de adesão. Portanto, mais de 500 ex-funcionários ainda não requereram o pagamento.
No caso dos ex-funcionários, o pagamento será feito por depósito judicial na conta do Sindicato. Ao final de um ano, o resíduo salarial não procurado será devolvido para o Grupo Schaeffler.
Horário de atendimento
O atendimento para assinatura do acordo é às segundas e quartas-feiras das 13h30 às 17h; às terças e quintas-feiras das 8h30 às 12h; e às sextas-feiras das 8h30 ao meio-dia e das 13h30 às 17h. Os horários são referentes ao plantão jurídico da entidade.
A sede do Sindicato fica na rua Julio Hanser, 140, Lajeado, perto da rodoviária de Sorocaba. Mais informações, telefone 3334-5400.
Acordo judicial
Quem era sócio do Sindicato em 2008, inclusive ex-funcionários da Schaeffler, não vai pagar nenhum honorário advocatício pelo acordo. Já os não-sócios terão desconto de 20% sobre o valor, devido aos honorários.
O sindicato ressalta que o percentual para não-sindicalizados é referente a honorários advocatícios, pois a reivindicação trabalhista tramitou na Justiça. Não se trata, portanto, de taxa negocial e não cabe direito de oposição.
Origem do resíduo
O acordo recente firmado entre Sindicato e Schaeffler refere-se ao pagamento de resíduos da participação nos resultados (PPR) e do abono daquele ano. O valor chega a R$ 550 se o funcionário trabalhou na fábrica nos 12 meses de 2008.
Dos R$ 550, o valor de R$ 450 é correspondente a um resíduo do PPR daquele ano. Na época, o sindicato questionou o valor pago pela empresa, que não fez a devida divulgação das metas do acordo de PPR. A reivindicação foi para a Justiça e, após perder o processo em primeira instância, a empresa concordou em fazer um acordo.
Outros R$ 100 são referentes ao abono da campanha salarial de 2008, que foi pago em atraso pela empresa. A soma dos dois valores resulta nos R$ 550.