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Sindicato negocia benefícios para os trabalhadores e greve termina

Os funcionários demitidos segunda-feira terão direito a três meses de cesta básica e de convênio médico

Imprensa Smetal
Foguinho/Imprensa Smetal
Funcionários voltaram ao trabalho, mas muitos ainda continuam descontente com vários procedimentos da empresa

Funcionários voltaram ao trabalho, mas muitos ainda continuam descontente com vários procedimentos da empresa

Terminou nesta quarta-feira, 23, a paralisação da Nipro Medical, após a empresa e o Sindicato negociarem benefícios e garantias aos trabalhadores. Nos últimos quinze dias a fabricante de equipamentos hospitalares instaladas às margens da rodovia Castelinho, em Sorocaba, enfrentou protestos e duas paralisações.

Entre os benefícios negociados que asseguraram a volta dos empregados ao trabalho estão a revisão da grade salarial, garantia de emprego ou salário para todos os trabalhadores para os próximos três meses, pagamento dos dias parados aos sábados ao longo do ano e cesta básica e plano de saúde por três meses ao grupo de 30 trabalhadores demitidos na segunda-feira.

Os benefícios foram negociados na noite de terça e aprovado pelos três turnos de trabalhadores da fábrica, que emprega cerca de 350 trabalhadores.

Histórico
Desde o ano passado os trabalhadores reivindicam diversas melhorias junto à direção da empresa. Entre as reivindicações, a revisão da grade salarial é considerada uma das mais importantes pelos funcionários, além de melhorias no transporte, fim do assédio moral e negociações mais ágeis de participação nos resultados (PPR).

A empresa chegou, inclusive, a implantar uma nova grade salarial em janeiro, “mas na verdade ela só mudou a nomenclatura. Aumento, mesmo, os trabalhadores não tiveram”, afirma Marcos Roberto Coelho, diretor do Sindicato.

Segundo o Sindicato, a empresa baixou o salário de contratação após aplicar os reajustes da grade salarial, o que tornou o acordo negociado praticamente nulo.

No último dia 10, após a empresa cortar até mesmo a salada das refeições, os trabalhadores promoveram um ato de protesto de duas horas na entrada de cada turno.

No dia 17, descontentes, os trabalhadores cruzaram os braços. Na manhã de segunda, dia 21, eles voltaram ao trabalho, mas à tarde, como represália, a empresa mandou os 30 funcionários embora.

Indignados com a atitude da empresa os trabalhadores promoveram nova paralisação na terça, 22, para forçar a empresa a abrir negociações.

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