A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) vem realizando assembleias nas portas de fábricas esta semana para alertar os trabalhadores sobre os riscos contidos na PEC 287, do governo federal, que mexe nos direitos previdenciários dos brasileiros.
Nas assembleias, além da proposta de Reforma da Previdência, que tramita no Congresso, os dirigentes sindicais tratam das reivindicações e problemas específicos dos metalúrgicos de cada fábrica visitada pelo SMetal.
Nas fábricas onde haverá eleição de comitês sindicais na próxima semana, os representantes sindicais explicam também a importância dos sindicalizados comparecerem às urnas para fortalecer as lutas futuras da categoria e da classe trabalhadora.
Na terça e na quarta-feira, dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, foram realizadas assembleias nas empresas Vossloh Cogifer, Wobben, Dana, Cascadura, Sibrol, Comap, Johnson Controls e Gerdau. Esta última em Araçariguama. As demais, em Sorocaba.
Análise do Dieese
De acordo com análise do Dieese, entre outras alterações prejudiciais aos trabalhadores, a PEC 287 pretende extinguir a aposentadoria por tempo de contribuição; estabelecer uma idade mínima única para aposentadoria (aos 65 anos) para praticamente todo o conjunto dos trabalhadores (homens e mulheres; urbanos e rurais; trabalhadores do setor público e do privado; professores); além de mudar o cálculo e reduzir o valor dos benefícios previdenciários em geral.
A Reforma visa também proibir acúmulo legítimo de benefícios, como pensões e aposentadorias; e desvincular benefícios assistenciais e pensões do salário mínimo.
“A proposta, portanto, promove o endurecimento das regras de acesso e o rebaixamento no valor médio dos benefícios. Para tanto, propõe amplas mudanças na Constituição no sentido de minimizar o alcance e a importância da Previdência pública”, afirma nota técnica do Dieese.