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Luto

Sindicato dos Metalúrgicos repudia ação policial no Rio de Janeiro

Ação mais letal da polícia no Rio de Janeiro, com 25 mortos, não é fruto do acaso, é resultado de uma política genocida, que visa acabar com a vida de negros e pobres das periferias Brasil afora

Imprensa SMetal
Empresa Brasil de Comunicação
Mortes de negros e podres são a maioria em ações policiais

Mortes de negros e podres são a maioria em ações policiais

A ação mais letal realizada pela polícia no Rio de Janeiro, com 25 mortos, entre homens, mulheres e crianças, não é fruto do acaso. É resultado de uma política genocida, que tem como principal objetivo acabar com a vida de negros e pobres das periferias Brasil afora.

Lá e cá, homens, a histórica se repete. São os corpos negros e periféricos que tombam todos os dias, especialmente pelas mãos da polícia. Como é o caso do jovem André de Jesus Senna, de 27 anos, morador de Sorocaba.

André foi encontrado morto no rio Sorocaba, no Parque Vitória Régia. Ele estava desaparecido e, pouco antes de sumir, havia sido abordado por Guardas Municipais.

A violência policial contra negros e pobres pode ser encontrada em números que causam (ou deveriam causar) muita indignação. O infográfico sobre Violência e Desigualdade Racial no Brasil, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que 79,1% das vítimas de intervenções policiais que resultam em morte são negros.

Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), tanto a ação no Rio de Janeiro quando a morte do jovem André em Sorocaba, são motivos de revolta e repúdio. O SMetal enfatiza que a falácia da guerra contra as drogas já se mostrou ineficiente ao escolher matar pobres e negros e não ir a fundo, de fato, para saber quem são os homens de terno e gravata, donos do poder, que financiam esse sistema.

É preciso, aponta a entidade, cobrar que as autoridades responsáveis por essas mortes, no Rio ou em Sorocaba, sejam levadas à justiça e punidas como forma de exemplo para evitar que outras ações genocidas tomem lugar no Brasil.

“Mais do que isso, é preciso que o Estado funcione como provedor de oportunidades para a periferia. O dinheiro desperdiçado nas balas que matas homens, mulheres e crianças teria resultado mais efetivo se fosse investido em educação, cultura, saneamento básico e em caminhos para emprego dessa população”, enfatiza Leandro Soares, presidente do SMetal.

A diretoria do Sindicato expressa as condolências para cada uma das vítimas e repudia a ação no Rio de Janeiro e em Sorocaba, e reafirma a necessidade e compromisso de continuar lutando para histórias como essas não se repitam.

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