A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Secretaria da Saúde (SES), orienta a população feminina a se prevenir contra o câncer do colo do útero, por meio da vacinação contra o HPV. Sorocaba também aderiu à mobilização realizada pelo Ministério da Saúde para incentivar a imunização, e as doses estão disponíveis de forma permanente no município, nas 31 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Porém, a imunização é voltada, especificamente, para meninas de 9 a 13 anos, além de garotas e mulheres vivendo com HIV/Aids, de 9 a 26 anos de idade.
A relevância da ação é ainda maior uma vez que na última campanha em Sorocaba, realizada em novembro de 2015, o índice de cobertura foi de 39,18%, quando a meta era atender 80% do público-alvo de 13.733 mulheres. Na ocasião foram aplicadas 5.381 doses. A vacina não age contra infecções ou lesões de HPV prévias e, por isso, é mais eficaz em pacientes que ainda não iniciaram a vida sexual.
A chefe da Vigilância Epidemiológica (VE) de Sorocaba, Renata Guida Caldeira, esclarece que a ação desencadeada no momento não se trata de uma campanha de vacinação, mas que serve de alerta e convite para que as mulheres adotem essa medida preventiva. Segundo garante, as doses, que têm eficácia de 98%, são seguras. “Essa mobilização serve tanto para atender quem ainda não recebeu a primeira dose da vacina, quanto para quem já iniciou o esquema de imunização.
O protocolo de vacinação contra o HPV foi alterado no início deste ano e agora prevê apenas duas aplicações em cada menina. Até 2015, a estratégia previa uma terceira dose para “reforçar” a imunidade. Essa dose extra ainda é recomendada para mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV/Aids, grupo que tem lesões de HPV mais frequentes e resistentes, além de cinco vezes mais chances de desenvolver câncer do colo do útero.
A aplicação deve ser adiada em caso de febre alta ou doenças em fase aguda. A imunização também é contraindicada para gestantes, mas pode ser tomada na fase de amamentação.
O HPV
O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) é transmitido por meio do contato direto com pele ou mucosa de pessoas infectadas e pode causar verrugas ou feridas genitais. Atinge tanto homens quanto mulheres, porém, é no público feminino que causa maior preocupação, uma vez que 90% dos casos de câncer do colo de útero, têm o HPV como responsável.
De acordo com informações da SES, mesmo as mulheres vacinadas precisam fazer com frequência o exame de Papanicolau, como forma de prevenir a doença.