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Mobilizações

Semana dos metalúrgicos começa com uma greve e dois protestos

Além da greve na Toyota, trabalhadores se mobilizaram na Schaeffler e na Flextronics

Imprensa SMetal
Edvania Moreira

Na Flextronics a indignação dos trabalhadores é pela demora em apresentar propostas de PPR que atendam as expectativas dos funcionários

No início da manhã desta segunda-feira, dia 7, os metalúrgicos de três fábricas em Sorocaba – Toyota, Schaeffler e Flextronics – se mobilizaram para ter suas reivindicações atendidas pelas empresas. Na montadora de veículos, os trabalhadores estão em greve há cinco dias.

Na fabricante de autopeças Schaeffler, o protesto por melhorias durou uma hora. Na Flextronics, que produz equipamentos eletrônicos, o Sindicato realizou uma assembleia que pode desencadear uma paralisação nos próximos dias.

As três atividades sindicais começaram às 6h. Nesse horário, os metalúrgicos do primeiro turno da Toyota reafirmaram sua disposição em manter a produção parada até que a empresa negocie com o Sindicato. Os funcionários da montadora reivindicam aumento do piso salarial, reajuste no adicional noturno e fornecimento de vale-compra.

Na assembleia da manhã de hoje, a Toyota fez os funcionários administrativos irem mais cedo para o trabalho a fim de tentar influenciar o resultado da votação da greve, que aconteceu às 6h com o pessoal da produção.

A manobra, no entanto, não deu certo. Mesmo com os votos contrários do setor administrativo, venceu a continuidade da greve. Cerca de 80% da produção da fábrica continua parada.

Segundo o Sindicato, essas e outras denúncias de coação de constrangimentos praticados pela empresa serão incluídas em uma ação judicial que será movida pela entidade contra a montadora, que estaria descumprindo uma medida judicial e um acordo feito com o comando da Polícia Militar em Sorocaba. Leia mais sobre a greve na Toyota.

Grupo Schaeffler

No Grupo Schaeffler, os trabalhadores deram prazo até o final desta semana para a empresa atender a uma série de reivindicações, como a rediscussão de um desconto que incidiu sobre um abono, transformação da cesta básica em vale-compra, melhorias no plano de saúde e redução da jornada de trabalho de 42h para 40h semanais.

Os trabalhadores estão revoltados com o desconto do imposto de renda sobre um abono que foi pago em setembro e que estava previsto em acordo firmado com a empresa em abril deste ano. De acordo com o Sindicato, a forma como o abono foi pago, somado com o salário, causou um desconto de cerca de 20% à título de IR. O valor do abono era de R$ 1.580.

Agora os trabalhadores querem a empresa se manifeste sobre o desconto do imposto, que não foi comunicado com antecedência.

No protesto desta segunda-feira, além de aprovar o prazo para a empresa dar resposta sobre as reivindicações, os metalúrgicos da Schaeffler também cancelaram o acordo assinado em abril, que duraria três anos e fixava regras para pagamentos de abonos e participação nos resultados. Leia mais sobre o protesto na Schaeffler.

Flextronics

Na Flextronics, a assembleia desta segunda-feira reforçou o prazo dado pelos trabalhadores, que vence nesta quarta-feira, dia 9, para a empresa melhorar sua proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR).

A pauta reivindicando PPR foi protocolada pelo sindicato junto à empresa no dia 24 de junho. Mas somente nas últimas três semanas a Flextronics iniciou negociações com o Sindicato. As propostas apresentadas até agora não atendem às expectativas dos funcionários.

O valor da proposta de PPR não é divulgado pelo Sindicato para não criar parâmetros para outras negociações semelhantes em andamento. Leia mais sobre a pauta na Flextronics.

10 mil metalúrgicos

A Toyota tem cerca de 1.500 funcionários, a Schaeffler, 4.600 e a Flextronics, 4.000. Portanto, as mobilizações do Sindicato nesta segunda-feira envolveram 10.100 metalúrgicos em Sorocaba.

A categoria conta com 45 mil trabalhadores nas 14 cidades da área de abrangência do sindicato, sendo mais de 80% em Sorocaba.

Os funcionários da montadora manifestaram em assembleia nesta manhã, a vontade de dar continuidade a greve até que suas revindicações sejam atendidas (Foto: Foguinho/Imprensa SMetal)

Trabalhadores do grupo Scheaffler podem parar a produção na sexta-feira, dia 11, caso a empresa não apresente propostas à pauta entregue pelo Sindicato (Foto: Lucas Delgado/Imprensa SMetal)

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