Em audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) iniciada na tarde de hoje, dia 19, o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, propôs suspender o processo de reorganização do ensino público paulista até 4 de dezembro. As medidas incluídas na proposta levarão ao fechamento de pelo menos 93 escolas e transferências de cerca de 311 mil alunos.
Voorwald quer o fim imediato das ocupações, que hoje passaram de 60 escolas em todo o estado, e que as unidades incluídas no projeto apresentem propostas. Questionado se o governo considera a hipótese de cancelar definitivamente a reorganização, o secretário não respondeu.
Uma professora presente à audiência propôs a suspensão imediata do plano e que a comunidade escolar – alunos, professores, pais e governo – tenham um ano para debater e apresentar propostas para o ensino público do estado. A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) apoiou a proposta.
O clima é tenso no auditório. Estudantes presentes chegaram cantando “não tem arrego” e contrariaram determinação do desembargador de escolher um porta-voz, preferindo subir ao palco em grupo e dividir as falas.
“O governo está tratando ocupações como pauta judicial e policial”, “decidimos ocupar a escola como ato de resistência à medida do governo que não nos consultou”, e outras manifestações, traduziram os sentimentos dos estudantes.
A audiência foi suspensa para que alunos e professores discutam os rumos do movimento.
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