Busca
Busca
Ação trabalhista

Schaeffler é condenada por terceirizar atividade-fim

O Grupo Schaeffler, de Sorocaba, foi condenado a pagar verbas rescisórias, salários atrasados e outros direitos trabalhistas aos trabalhadores demitidos do Grupo Meratec, que fechou em março de 2014

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Trabalhadores de empresas terceirizadas do Grupo Meratec realizavam serviços de usinagem para a Schaeffler

O Grupo Schaeffler, de Sorocaba, foi condenado a pagar verbas rescisórias, salários atrasados e outros direitos trabalhistas aos trabalhadores demitidos do Grupo Meratec, que fechou em março de 2014. As ações que garantiram o pagamento desses direitos foram movidas pelo departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Condenada em primeira instância, a empresa recorreu e a condenação foi mantida nas ações já julgadas pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas.

Após essas decisões, no dia 19 de agosto, a Schaeffler fechou acordos judiciais com 27 dos cerca de 50 ex-funcionários da terceirizada, que deverão receber os pagamentos devidos até o final deste mês. Os demais trabalhadores continuam com o processo em andamento.

De acordo com a advogada Érika Mendes, os trabalhadores que realizavam os serviços de usinagem na Meratec trabalhavam de forma exclusiva para a multinacional. “Eles faziam serviços relacionados à atividade-fim da Schaeffler, ou seja, atividades de produção de peças automotivas que compõem especificamente os rolamentos produzidos pela empresa”, explica.

“Após toda a produção de provas, a Schaeffler foi condenada pela Justiça do Trabalho a responder por essa dívida, porque não havia um contrato comercial entre ela e as empresas Meratec, mas sim terceirização ilícita por ser relacionada à atividade-fim da multinacional”, conta a advogada.

Há ainda uma ação civil pública que proíbe a Schaeffler à terceirizar os serviços de usinagem. “Mas a empresa voltou a cometer a mesma ilegalidade”, lembra.

Para o presidente do SMetal, Admilson Terto da Silva, o caso da Meratec mostra os riscos que a terceirização leva à vida dos trabalhadores. Segundo ele, a cada 100 ações na Justiça, 80 são contra terceirizadas.

“Legalizando a terceirização da atividade-fim, como quer o governo golpista de Michel Temer, os trabalhadores estarão perdendo direitos extremamente importantes. Será um prejuízo irreparável, de total precarização do trabalho”, afirma Terto.

tags
Ação trabalhista atividade Atividade Fim chefler condenação justição Schaeffler shefles terceiriza terceirizaçao trabalho
VEJA
TAMBÉM