A nova diretoria do São Bento tomou posse no final de junho, com a reeleição do presidente, Fernando Martins da Costa Neto. Em breve, deve lançar campanha para atrair mais sócios-torcedores, tendo o ator e diretor Paulo Betti como um dos símbolos dessa iniciativa.
Enquanto isso, o Centro de Treinamento (CT) Humberto Reale, na rua Nogueira Padilha, na Vila Hortência, já está muito próximo de se tornar realidade.
O campo já é, efetivamente, usado para treinos desde janeiro deste ano e a expectativa para a conclusão das obras do alojamento e vestiário é para este segundo semestre.
A imprensa do SMetal foi conferir o ritmo da construção e conversou com o perito aposentado Valdir Oliveira. Ele é sócio do Bentão desde a década de 60, época em que o Humberto Reale sediou grandes partidas, com o Azulão na primeira divisão. Inclusive, Oliveira se lembra da partida contra o Santos, com a presença de Pelé.
Oliveira é da comissão organizadora das obras e do conselho da Associação Vamos Subir Bento e lembra que nesses últimos quatro anos o Humberto Reale passou por grandes mudanças. “O São Bento estava na terceira divisão e não dava nem para ver o campo aqui por causa do mato alto”.
Na coragem
Quando o Esporte Clube São Bento surgiu em 1913 (com o nome de Sorocaba Athletic Club), os treinos eram realizados em um campo localizado nos fundos do Mosteiro de São Bento, na região central da cidade. Só na década de 30 é que foi inaugurado o estádio do clube, o Humberto Reale, movimentando o bairro dos espanhóis.
Até a construção do estádio municipal Walter Ribeiro (CIC), ele foi local de grandes partidas e bons treinos que reunia cerca de 300 torcedores, lembra Oliveira.
“Na época, era fácil ver uma movimentação grande de pessoas saindo da Praça do
Canhão e subindo a Nogueira Padilha. A gente vinha a pé para assistir os treinos e jogos no estádio”, comenta.
Só que no final da década de 70 as partidas passaram a ser no CIC e a diretoria do clube, na época, quis transformar o Humberto Reale em um clube poliaquático. Ideia que não foi para frente.
Desde então, muitas foram as tentativas para retomar o estádio. Mas só com a criação da Associação Vamos Subir Bento é que realmente o desejo dos sócios torcedores ganhou força para ser efetivada a ação.
“Em 2011, o espaço estava tomado pelo mato, sem possibilidade alguma de uso. Nesses quatro anos, o clube vem passando por uma reconstrução profunda e o Humberto Reale materializa isso”, diz o sócio-torcedor William Alves, que também é do conselho deliberativo.
Os próprios sócios da Associação arregaçaram as mangas e foram a campo para carpir, fazer a terraplanagem e limpeza do local.
O que restou do Humberto Reale antigo pode ser vistos nos quatro cantos do campo de futebol, são os resquícios de concreto das torres de iluminação (foto abaixo na galeria).
Os alambrados em volta do campo que tentam evitar que a bola caia na casa do padre (o campo faz divisa com a igreja católica) ou do outro lado, na casa de moradores, foram doados pelo CIC.
A intenção é que além de alojamento (6 dormitórios, sendo o do meio destinado ao treinador) com restaurante, com 108 metros quadrados, consta no planejamento do CT ter também uma academia para os jogadores se exercitarem.
Novos tempos
Realmente, o São Bento vive novos tempos e os torcedores vivem um estado de alegria ao acompanhar o Humberto Reale se constituindo novamente como a casa do São Bento.
Os jogadores recebem os pagamentos em dia, de três anos para cá os antigos processos trabalhistas começaram a ser acertados e o clube com a atual diretoria executiva eleita pelo voto direto dos sócios, empossada no dia 29 de junho, com o presidente Fernando Martins da Costa Neto reeleito, vive uma estabilidade institucional, com o comprometimento dos eleitos diante dos anseios dos sócios que os elegeram, para comandar a instituição até outubro de 2017.
Além de Fernando, estão na diretoria Márcio Rogério Dias, como vice-presidente; Almir Laurindo, secretário-geral; Agacyr Maister, tesoureiro; o diretor do SMetal Sérgio Augusto Garcia, que é diretor de patrimônio; Wilson Vieira, diretor de futebol profissional e Marcelo Anderson Coelho, como diretor de esportes amadores.