O ponto arrancado no Canindé contra a Lusa recolocou o Bentão na vice-liderança do seu grupo, mas a equipe não conseguiu se afastar da zona de rebaixamento
O empate em zero a zero com a Portuguesa na noite deste domingo, dia 26, e os resultados da rodada criaram um paradoxo para o São Bento, que chega à última rodada do Paulistão com boas chances de se classificar para as quartas de final, mas também com a possibilidade de rebaixamento. O ponto arrancado no Canindé contra a Lusa recolocou o Bentão na vice-liderança do seu grupo, dentro da zona de classificação.
Mas a equipe não conseguiu se afastar da zona de rebaixamento e pode cair para a segunda divisão, caso perca a partida contra o Red Bull Bragantino, no próximo domingo, no CIC, e os adversários vençam os seus jogos. De qualquer forma, o São Bento só depende dele, tanto para conquistar a classificação para as quartas de final do Paulistão, quanto para evitar a queda para a segunda divisão. Vale lembrar que um bom desempenho do São Bento na última rodada do Paulistão também pode render ao clube uma vaga na série D do Campeonato Brasileiro.
Pelo desenho que o Campeonato Paulista se apresentou para o São Bento, o empate deste domingo com a pressionada Portuguesa, na casa do adversário, ficou de bom tamanho para o clube sorocabano. O Azulão criou chances para ganhar o jogo, depois de conter o ímpeto rubro-verde no início e no finalzinho da partida realizada na capital paulista.
Beneficiado pelas derrotas de Inter de Limeira (5 a 0 para o Guarani), do Ituano (5 a 1 para o Red Bull) e da Ferroviária (2 a 1 para o Palmeiras), o time de Sorocaba, agora com dez pontos, vai para a última rodada do Paulistão dependendo apenas de si, e pode até se garantir na divisão com um empate ou até com uma derrota diante do forte Red Bull Bragantino domingo, dia 5, às 16h no CIC.
Na briga pelo rebaixamento, a Portuguesa se manteve na lanterna, com sete pontos, atrás de Ferroviária, com oito, e Ituano, com nove. Bentão e Inter de Limeira contam com dez pontos. Ferroviária e Ituano, ao lado do São Bento, ainda lutam por uma vaga nas quartas-de-finais pelo grupo C.
Primeiro tempo equilibrado
Como se previa, Lusa e São Bento fizeram um jogo bastante nervoso, principalmente nos primeiros minutos. Até os 15 minutos do primeiro tempo, a Portuguesa pressionou bastante o Azulão e criou duas chances: a um minuto Daniel Costa cruzou da direita e Paraizo escorou de cabeça para fora, e aos três João Vitor pela direita bateu rasteiro e Zé Carlos pegou. O São Bento se acalmou, passou a tocar melhor a bola e a chegar com perigo ao gol de Thomazella: aos 12, Lucas levantou e Iago Dias chegou atrasado; aos 17, Rubens recebeu em velocidade, mas Thomazella antecipou; e aos 21, Ivan arriscou o chute e o goleiro luso pegou.
A partida estava equilibrada, embora a Lusa com mais posse de bola, mas era o Bento quem chegava com mais perigo: aos 25, Daniel Costa bateu escanteio fechado e Zé Carlos saiu bem; dois minutos depois, Rubens cabeceou desequilibrado.
No último terço do primeiro tempo, lusos e beneditinos seguiram num jogo muito igual: aos 31, Pará sai cara a cara com Zé Carlos que outra vez saiu bem do gol; e aos 37, o Azulão tentou com Léo Silva que cabeceou fraco. No finalzinho, novamente uma boa chance para cada time. Aos 47, livre, Gustavo Ramos desperdiçou e, aos 49, Lucas Lima mandou uma bomba de fora e assustou Thomazella, fechando o primeiro tempo sem gols no Canindé.
Azulão administra o placar
No segundo tempo, aproveitando o desespero luso, com inteligência, o Bentão gerenciou bem a partida e a igualdade que lhe interessava no Canindé, sofrendo poucos sustos. Nos minutos iniciais se repetiu o filme do começo do primeiro tempo com a Portuguesa apertando o Azulão: aos cinco minutos, Daniel Costa mandou a bomba da entrada da área e assustou Zé Carlos; e aos 11, numa chegada aos “trancos e barrancos” de João Victor.
Entre os 15 e 30 minutos o jogo voltou a ficar igual e o São Bento foi administrando o empate, enquanto a Lusa tinha dificuldades em chegar com mais ímpeto contra a bem armada defesa de Sorocaba e tentava nas bolas paradas e chutes longos como aos 37 minutos com Richard.
Mas o jogo ganhou em emoção no fim: aos 38 minutos, Branquinho recebeu em condições mas Bruno Leonardo travou o chute que poderia resultar em gol do Azulão; na base da pressão, aos 40, Daniel Costa mandou a bomba e Zé Carlos pegou. E ficou assim no Canindé. Um bom 0 a 0 para o Bentão que vai para a última rodada com boas chances de escapar do risco de rebaixamento e até de se classificar.
O São Bento do técnico Paulo Roberto Santos jogou com Zé Carlos; Ivan, Léo Silva, Victor Pereira e Breno Lopes; Lucas Lima, Carlos Jatobá (Neto Paraíba) e Renan Mota (Rafael Chorão); Marcos Nunes (Branquinho), Rubens e Iago Dias (Kayan).
Torcida presente
Um bom número de torcedores do São Bento estiveram presentes no Canindé e apoiaram o time o tempo todo diante da Lusa. Agora, a missão é lotar o CIC para o “jogo do ano” dia 5 de março diante do Red Bull Bragantino.
