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Dia Mundial do Rock

Rock e política se misturam? Confira depoimento de metalúrgico

Para o músico e dirigente do SMetal, Anderson da Silva (Copinho), o rock é um “estilo de vida, que ultrapassa as gerações”

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Imprensa SMetal

Em 2017, a banda Detonautas participou do 1º de maio do SMetal.

Comemorado neste sábado, 13, o Dia Mundial do Rock tem como objetivo celebrar o gênero musical, que se popularizou em todo o mundo desde meados do século passado. Diante disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) relembra a possível união entre o rock e a política.

Desde o surgimento do gênero, fruto da influência dos norte americanos negros, que sofriam com o racismo em seu  país, passando pelo ‘Live Aid’, evento em solidariedade aos etíopes, até os dias de hoje, o rock pode ser um instrumento de contestação e reflexão.

Anderson da Silva (Copinho), trabalhador da ZF do Brasil e dirigente do Sindicato, toca na Efeito iMoral, banda de rock nacional, e afirma que ao longo da história, diversas bandas do gênero realizaram ações sociais por meio de seus shows, ou com músicas de contestação. Copinho lembra, por exemplo, o Rage Against The Machine, Pink Floyd, no âmbito internacional, e Legião Urbana e Titãs, por exemplo.

“Essas bandas abordam em suas canções fatos e percepções da realidade da vida da classe trabalhadora. Muitas vezes, as músicas foram escritas em outras décadas, mas permanecem atuais em relação às críticas à política brasileira”, explica Copinho.

Na banda em que ele toca, os músicos têm como objetivo dialogar com a sociedade. “O que me atrai no rock é a troca de energia, que agrega todas as gerações, dos mais novos aos mais idosos. É um estilo de vida que ultrapassa as gerações”, diz.

Para Copinho, o Sindicato tem um papel fundamental em promover ações que integrem os artistas que atuam na cena roqueira, em que os trabalhadores possam desenvolver e demonstrar suas habilidades.

Imprensa SMetal

Anderson da Silva (Copinho), trabalhador da ZF do Brasil e dirigente do Sindicato, toca rock nacional e já se apresentou no Rock dos Metalúrgicos. A foto é de 2017.

Metalúrgicos ou metaleiros?

Após a realização de 11 edições do Rock dos Metalúrgicos, o SMetal demonstrou que a relação entre a contestação e o rock é possível, mobilizando especialmente a juventude.

Com a participação de bandas brasileiras, o evento chegou a reunir milhares no Parque das Águas, praça em Sorocaba onde era realizado.

Outra atividade organizada tradicionalmente pelo SMetal, o 1º de maio, também reuniu uma série de bandas de rock, com destaque para Detonautas, que realizou um show em 2017 no Parque dos Espanhóis.

Entre os dias 6 e 13 de julho deste ano, acontece na sede do SMetal mais uma edição do Girls Rock Camp Brasil, uma atividade que reúne mulheres cis e transgênero, homens transgênero e pessoas não binárias, que têm acima de 21 anos, com o objetivo de empoderar esses sujeitos, por meio da aprendizagem musical. 

Durante a semana, as pessoas participantes montam bandas e aprendem a tocar instrumentos. Neste sábado, 13, devem se apresentar no Asteroid Bar.

Sobre o Dia mundial do rock

O dia 13 de julho marca o Dia Mundial do Rock, comemorada no Brasil em alusão ao ‘Live Aid’, evento beneficente realizado em 1985 em prol do combate à fome na Etiópia, um dos maiores eventos do gênero da história, que contou com a participação de bandas icônicas, como Queen e David Bowie, realizado simultaneamente nos Estados Unidos e na Inglaterra.

O estilo musical surgiu nos Estados Unidos, durante a transição das décadas de 1940 para 1950. Ele foi fortemente influenciado pela cultura afro-americana, que na época dominava a cena musical americana com o jazz e o rhythm and blues. Além disso, o country and western, muito popular entre a população branca, também teve um papel importante na formação do rock.

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1º de Maio contestação Detonautas Girls Rock Camp Metalúrgicos Política rock sociedade
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