![](https://smetal.org.br/wp-content/uploads/2017/01/E073008-F00052-V295.jpeg)
Sem saber quando poderão se mudar para os apartamentos que lhes foram destinados por sorteio, os futuros moradores do Residencial Carandá começaram a assinar os contratos de aquisição que, agora, serão encaminhados para registro. A expectativa da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária da Prefeitura é de que em média 300 pessoas procurem o serviço diariamente.
A indefinição para a ocupação das unidades, entretanto, tem demandado preocupação. Muitos dos contemplados confiaram na promessa da Prefeitura de que os imóveis estariam disponíveis no final do ano passado e acertaram datas para desocupar as casas onde vivem atualmente.
Este é o caso de Cristina Mielli que ontem assinou a documentação. “Está tudo certo, mas não sei o que fazer, já que a mudança mesmo não vai acontecer. Eu devo sair da minha casa até o final deste mês e, provavelmente, vou ter de ir morar na casa de parentes até que a situação se resolva. O pior é que ninguém explica nada. A gente pergunta, mas eles dizem que não podem prestar esclarecimentos”, contou.
Outra contemplada, Cristina Souza Assis Silva está sujeita ao mesmo problema. “Esperamos tanto tempo e agora que o apartamento saiu não sabemos o que vai acontecer. Fiquei de entregar minha casa até o dia 23. Aliás, já entreguei e o dono quer que eu saia dentro desse prazo. Vou precisar ir para a casa de amigos, me virar até conseguir mudar com minha família”.
Considerado um dos maiores empreendimentos habitacionais voltados às famílias carentes, o Residencial Carandá tem 2.560 apartamentos. O problema é que a estrutura de serviços e de equipamentos públicos na região da rodovia Emerenciano Prestes de Barros (estrada Sorocaba-Porto Feliz), onde ele se localiza, é deficitária.
Algumas melhorias foram realizadas, mas outras ainda não, caso da duplicação ou adaptação da estrada. A Polícia Rodoviária alertou para o risco de acidentes no local em razão da demanda de veículos que deverão circular por lá quando os apartamentos forem ocupados. O prefeito José Crespo (DEM) declarou que aguarda aval do Ministério Público para liberar as moradias, mas isto ainda não ocorreu.
Em nota, o Serviço de Comunicação do Paço (Secom) informou que o Residencial Carandá encontra-se em fase de assinatura de contratos entre os moradores sorteados e o Banco do Brasil. Assinados os contratos, os documentos seguirão para registro em cartório próprio, respeitando a capacidade de absorção de demandas deste.
Em seguida, será feita nova vistoria nos imóveis. Cumpridas essas etapas, hoje, de responsabilidade da empresa Sistema Pri — a quem cabe o desenvolvimento e aplicação do chamado Trabalho Técnico Social –, é que existirá a liberação para a mudança. Paralelamente a todos esses fatores, a administração pública está empenhando esforços no sentido de dotar o projeto habitacional de todos os elementos que garantam bem-estar e qualidade de vida para a população que será ali instalada.