Gerar mais empregos foi o ‘pretexto’ utilizado pelo governo de Michel Temer (PMDB) e os deputados da bancada aliada para aprovar às pressas a Reforma Trabalhista. Passaram-se seis meses da vigência do ataque à CLT e nada há o que comemorar, muito pelo contrário.
A taxa de desemprego no País nos últimos meses subiu de 11,8% para 13,1%. Foram quase 100 mil vagas com carteira assinada perdidas e, pela primeira vez na história, a informalidade superou o número de empregos formais no Brasil.
O desligamento mediante acordo direto entre empresa e trabalhador continua aumentando – muitas vezes por pressão do patrão –, no qual o trabalhador abre mão de direitos, como o FGTS completo, parte da multa e seguro desemprego, além de outras manobras.
“O trabalhador tem que estar atendo ainda sobre os contratos temporários, que aumentam o tempo para que o trabalhador seja efetivado na empresa e pode resultar em menores benefícios ou mesmo ficar sem PPR”, conta o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal), Silvio Ferreira.
Denuncie
Ele lembra que grande parte da categoria está protegida com a cláusula de salvaguarda na Convenção Coletiva (CCT), que proíbe a aplicação de mudanças previstas na reforma sem negociação com o Sindicato.
“Mas mesmo com a salvaguarda, o trabalhador deve se atentar a qualquer irregularidade na empresa ou pressão por parte do patrão, seja na produção ou para assinar algum tipo de documentos, e deve denunciar imediatamente ao SMetal”, alerta.
Para realizar uma denúncia, o trabalhador pode ir até uma das sedes do SMetal, procurar um representante do Sindicato na empresa ou utilizar o campo ‘Denuncie’, no Portal SMetal.