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Refeição da Sodexo intoxica ao menos 300 na Schaeffler

Trabalhadores tiveram de ser transportados em ônibus para receber atendimento no centro da cidade

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Alan, da equipe de segurança, disse que estava só controlando o fluxo das vítimas e que não podia falar pela empresa

Alan, da equipe de segurança, disse que estava só controlando o fluxo das vítimas e que não podia falar pela empresa

Calcula-se que entre 300 e 400 metalúrgicos foram medicados hoje, em Sorocaba, vítimas de intoxicação alimentar. Todos os intoxicados trabalham no Grupo Schaeffler e o cardápio – escondidinho de carne seca, lingüiça, salada de acelga e beterraba, arroz e feijão – foi preparado pela Sodexo, empresa multinacional que terceiriza o serviço de refeição na empresa.

Os trabalhadores se intoxicaram, provavelmente, durante o jantar de ontem [quinta-feira à noite]. Alguns funcionários teriam passado mal já na noite do mesmo dia. A grande maioria, porém, passou mal ao longo desta sexta-feira.

Os principais sintomas das vítimas eram náuseas, desconforto estomacal e diarreia. Eles tomaram soro e tiveram amostra de sangue coletada para exames.

As vítimas foram socorridas nos prontos-socorros da Santa Casa de Sorocaba, Hospital Samaritano e Med Urgências.

A Folha Metalúrgica foi ao pronto-socorro da Med Urgência e constatou, por volta das 18h, que o local estava lotado de funcionários do Grupo Schaeffler. A reportagem contou ao menos 60 pessoas nas salas de espera do pronto-socorro naquele horário.

A reportagem tentou falar com um representante da empresa que estava na Med Urgência, mas ele não quis se manifestar. “Estou aqui só controlando o fluxo das pessoas. Quem fala sobre isso é o José Antônio [Teixeira, chefe de RH do grupo Schaeffler]”, disse o funcionário, que se identificou apenas como Alan.

A reportagem tentou contato com José Antônio por celular, mas ele não atendeu às chamadas.

O Sindicato dos Metalúrgicos vai questionar a direção da Schaeffler e cobrar a troca do fornecedor de refeição, que também é acusado pelos funcionários de precarizar mão-de-obra, não cumprir com as obrigações trabalhistas e ainda praticar assédio moral.

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